Cafeicultor precisa ajudar a planta a passar por este período de recuperação e fortalecimento para o início da próxima safra, especialmente com baixas temperaturas à vista
Com a chegada do inverno e as temperaturas mais baixas, o cafeicultor que normalmente já tem que se atentar para o período de pós-colheita, agora precisa redobrar ainda mais os cuidados, principalmente com regiões finalizando esta safra e planejando a próxima. A colheita do Conilon começou em meados de abril, se intensificou em maio e avança já para mais de 70% no Espírito Santo e no Sul da Bahia. Em Rondônia esse número chega a 50%, segundo Arthur Santos Fiorott, diretor da Safra Agronegócios no ES. Já a colheita do Arábica começa este mês, seguindo em algumas regiões até setembro.
Por sua vez, o inverno começa no próximo dia 21 de junho, período com alto risco de geadas e de frentes frias. Se as previsões se confirmarem, a região Sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro, devem sofrer com a temperatura mais baixa daqui para frente, relata Fiorott. “Falando especificamente do Arábica, é importante o produtor estar ciente que isso pode afetar a próxima safra dele. Ele precisa estar preparado para que isso possa ser minimizado. Para o Conilon é um período em que os pés já estão debilitados da colheita, então precisa reforçar ainda mais as medidas de entressafra, quando as plantas vão perder bastante folhas”, esclarece.
O engenheiro agrônomo e coordenador de pesquisa e desenvolvimento da multinacional DVA Agro, Renato Menezes, explica que no café, assim como em outras culturas, o fenômeno climático que é a geada promove o congelamento da água contida no tecido vegetal da planta e consequente rompimento da parede celular, e por fim morte do tecido. “Isso confere às folhas uma coloração escura, com aspecto queimado. Em alguns casos, até mesmo a morte parcial ou total da planta”, alerta.
Frente a isso, Fiorott orienta a fazer a reposição de micronutrientes, e adição de agentes de proteção contra o congelamento da água dentro do tecido vegetal (Crioprotetores) são importantes para prepará-las para a próxima safra e para auxiliá-las nestes próximos três meses. “Quanto mais a planta estiver protegida, fazendo uso otimizado da água disponível e e tendo disponibilidade e presença de nutrientes como Fósforo, Nitrogênio, Potássio, Magnésio , aminoácidos, é melhor para que ela não sofra tanto neste período de adversidade e de estresse pós-colheita no inverno”, reforça.
Como resolver
Para enfrentar esse período de intempéries, Menezes recomenda a utilização de produtos protetores, como o Stimulus, o K62 Plus e Maximize. Essas tecnologias possuem em sua composição agentes de alteração do turgor celular e fornecimento otimizado de nutrientes que interferem diretamente no ponto de congelamento da água, permitindo assim que as culturas suportem o frio sem que danos severos aconteçam, evitando a morte da planta. Estes produtos podem ser utilizados de forma consorciada ou individual.
Explicando como age cada um deles, o K62 Plus é uma solução com potássio (K) livre de cloretos, sulfatos e nitratos. “Possui uma alta taxa de absorção via foliar para o K devido sua fonte ser o Formiato de Potássio, proporcionando o rápido incremento do elemento que atua diretamente na proteção contra os danos causados por quedas de temperatura de até 3-4 graus abaixo de zero“, relata o coordenador.
Já o Maximize, é um fertilizante com alta concentração de extrato de algas enriquecido com K e três microelementos (Fe, Mn e Zn) em forma de quelatos. “Essa formulação favorece uma melhor resposta dos cultivos frente a situações de estresses vinculados ao comportamento da planta quanto ao tema zona de conforto térmico de funcionamento ”, detalha Menezes.
O pacote de proteção fica completo com o Stimulus, que é um fertilizante contendo agente orgânico de osmorregulação criado para favorecer o metabolismo vegetal na manutenção do potencial hídrico celular. “Assim como melhorar a capacidade de absorção dos nutrientes disponíveis à planta. Com o aumento da concentração dos nutrientes em geral e presença do componente orgânico auxilia o cafezal nesse caso, quanto ao comportamento e resposta dos na prevenção de diversos tipos de estresse, como o frio e o período pós-colheita”, completa o coordenador da DVA Agro.