Apetite diminui para as compras de boi gordo; Frigoríficos optam pela cautela nos negócios diante da dificuldade de escoamento da carne bovina ao consumidor final.
As indústrias frigoríficas brasileiras continuam em ritmo compassado de compras, ainda reflexo do período de começo de ano, sazonalmente uma época de poucos negócios no mercado do boi gordo.
De modo geral, o apetite comprador das indústrias é baixo, pois a dificuldade no escoamento da carne bovina para o consumidor final implica em acúmulo de estoques nos entrepostos e fragilidade nos preços dos cortes bovinos, destaca a Informa Economics FNP.
O apetite comprador das indústrias é baixo, pois a dificuldade no escoamento da carne bovina para o consumidor final
“Preocupados com suas margens operacionais, os frigoríficos limitam ao máximo seu volume de aquisições de boiada gorda, com alguns tentando emplacar preços mais baixos nas negociações”, ressalta a FNP.
Além disso, a maior regularidade das chuvas e, consequentemente, a melhoria nas condições das pastagens possibilitaram um relativo poder de barganha aos pecuaristas, que resistem em negociar sua produção nos patamares de preços ofertados atualmente, destaca a consultoria paulista.
De acordo com dados da Scot Consultoria, na praça de São Paulo, a arroba do boi gordo é negociada em torno de R$ 200, valor à vista, livre de Funrural.
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Escalas de abate – Dessa maneira, as programações de abate seguem curtas na maioria das praças pecuárias. Segundo levantamento da consultoria Agrifatto, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, as escalas de abate estão relativamente mais confortáveis, com indústrias encerrando a semana trabalhando com 6 dias úteis – em linha com a média anual nesses dois Estados.
No entanto, em Goiás, as programações de abate em Goiás têm média em 4,3 dias úteis, abaixo da média anual em 6 dias úteis. Cenário parecido ocorre no Mato Grosso, onde as indústrias operam com 5 dias úteis, também abaixo da média anual de 7 dias úteis, de acordo com a Agrifatto.