Frigoríficos querem lucro e pressionam preço da arroba

Para preservar margens, boi gordo sofre pressão baixista frente ao frágil consumo doméstico de carne bovina, mas as exportações estão em alta e com dólar em alta!

A indústria frigorífica brasileira continua com o pé no freio no mercado do boi gordo, refletindo o baixo apetite dos consumidores domésticos pela carne bovina, devido sobretudo à conjuntura desfavorável gerada pela pandemia da Covid-19.

Esta semana a demanda pela matéria prima perdeu ainda mais força por causa do feriado de 1º de maio, na próxima sexta-feira. “Não há necessidade de compras urgentes e os frigoríficos conseguiram emplacar valores mais baixos pela arroba do gado gordo em algumas praças pecuárias”, relata a Informa Economics FNP.

Foi o caso de São Paulo, referência para as outras regiões pecuárias e onde o valor do boi gordo recuou R$ 2/@ nesta terça-feira, para R$ 198/@, a prazo, segundo dados da FNP.

No app da Agrobrazil, pecuaristas começam a se movimentar com a chegada do período seco em algumas regiões, é preciso estar atento para não deixar o boi perder peso.

No mercado interno, em Riolândia/SP, o preço é de R$ 193/@ a vista e abate para o dia 05 de maio. Em Porto Murtinho/MS, o valor foi de R$ 180/@ a prazo com 30 dias e abate para o dia 05 de maio. Já em Cristalina/GO, foi de R$ 190/@ à vista e abate para o dia 30 de abril.

O Boi China em Uberaba/MG, o pecuarista recebeu R$ 195 a prazo com 30 dias para pagamento e abate para o dia 11 de maio. Já em Teodoro Sampaio/SP, ficou em R$ 198/@ à vista e abate para o dia 08 de maio.

A média na praça de São Paulo, segundo o app da Agrobrazil, tivemos uma queda de 2,22%, fechando o dia em R$ 193,25/@. Os preços no estado de São Paulo, tiveram uma variação de R$ 191/@ até R$ 196/@. Já o Indicador do Cepea, teve uma queda de 1,13% fechando o dia em R$ 198,90/@.

“Mais de 70% da produção nacional de carne bovina é absorvida pelo mercado interno. Aí, com as restrições de funcionamento de bares e restaurantes nos grandes centros urbanos, associado a um menor poder aquisitivo da população pelo período de final de mês, os frigoríficos não encontram espaço para ajustes positivos nos preços dos principais cortes bovinos no atacado”, destaca a consultoria.

“Dessa maneira, para preservar as suas margens, a indústria opera no mercado do boi gordo de forma cautelosa, limitando o fluxo de aquisições de animais terminados e o nível de abates”, ressalta a FNP.

Segundo Safras&Mercados

  • Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 193/R$ R$ 194 a arroba.
  • Em Uberaba (MG), permaneceram em R$ 183 por arroba.
  • Em Dourados (MS), ficaram R$ 174/R$ 175 a arroba.
  • Em Goiânia (GO), o preço indicado foi de R$ 175 a arroba.
  • Já em Cuiabá (MT), ficou em R$ 170 a arroba, inalterado.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, há tendência de queda pontual nos preços com a desaceleração do consumo, enquanto o bom volume de exportação à China segue como o grande ponto de sustentação do momento.

O corte traseiro teve preço de R$ 13,50 o quilo. A ponta de agulha ficou em R$ 10,70 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 11,30 o quilo.

Compre Rural com informações do FNP, Agrobrazil, Agência Safras e Portal DBO

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