
Com suas as escalas de abate suficientes para atender aos compromissos de curtíssimo prazo, os frigoríficos seguem pressionando as cotações do boi gordo e criam ambiente de apreensão no mercado do boi.
O mercado de boi gordo apresentou preços mais baixos durante esta terça-feira (8), na maior parte das praças pecuárias pelo país. Conforme anunciado pelo Portal, a expectativa de menor demanda por parte da indústria vai se concretizando e, ontem, o fluxo de comercialização de boiada gorda no mercado físico seguiu esparso. As escalas de abate dos frigoríficos brasileiros são suficientes para atender aos compromissos de curtíssimo prazo e criam ambiente de apreensão no mercado do boi.
Embora alguns estados ainda mantenham o padrão de negociações, a recente elevação nos preços da carne no atacado não tem sido suficiente para estimular negociações a patamares mais elevados. Isso foi apontado pelo analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Além disso, esse aumento de valor acaba por minar a expectativa de maior consumo na primeira quinzena do mês, reduzindo a competitividade da carne bovina frente a outras fontes de proteína.
No Centro-Norte do país, a tendência de queda nos preços da arroba do boi gordo continua. Um destaque do dia foi a redução nos preços observada em Mato Grosso do Sul. Mesmo a demanda aquecida por carne bovina durante a primeira quinzena de agosto não tem sido capaz de impulsionar a recuperação nos preços da arroba.
Em São Paulo, conforme relatório diário da Scot Consultoria, com as escalas de abate confortáveis e boa parte das indústrias frigoríficas fora das compras, as cotações de todas as categorias de bovinos para abate estão estáveis. Com isso, a arroba do boi gordo está sendo negociada em R$230,00, a da vaca gorda em R$205,00 e a da novilha gorda em R$220,00, preços brutos e a prazo, informou.
Já o INDICADOR DO BOI GORDO CEPEA/B3, segue praticamente estável ao longo dessa semana, fechando a última terça-feira, 08, com uma valorização de 0,13%. Com isso, o preço médio informado pelo indicador é de R$ 238,00/@, sendo esse um dos menores valores alcançados ao longo dos últimos 30 dias úteis. Confira o gráfico a abaixo com o comportamento das cotações ao longo do período.
Já o animal com destino a exportação, conhecido como “boi China” – animal jovem abatido com até 30 meses de idade – está sendo negociado em R$235,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@ em relação ao boi comum. A queda de mais de 30% no valor da tonelada da carne bovina exportada, trouxe aperto nas margens das indústrias exportadoras e, consequentemente, menor repasse nos valores negociados com os pecuaristas.

Até a primeira semana de agosto (4 dias úteis), a média diária (10,3 mil toneladas) de carne bovina in natura exportada cresceu 16,8% frente à média diária de agosto/22, que, até então, fora o melhor mês da história em volume e faturamento. Nessa mesma comparação, o preço pago por tonelada (US$4,5 mil/t) caiu 26,1% e, com isso, o faturamento médio diário (US$46,7 milhões) recuou 13,7% no período.
“Após um mês de julho com as vendas externas mais tímidas, os embarques aceleraram, ficando acima dos resultados de agosto/22, mês que computou o maior volume de carne bovina já exportado na história (203,18 mil toneladas)”, relata a Agriffato.
Em relação ao preço da carne brasileira, a Secex apontou queda no valor médio da proteína na primeira semana de agosto/23, que ficou em US$ 4.513,88/tonelada, uma desvalorização de 4,4% em relação à cotação de julho/23 e baixa de 26,1% sobre agosto/22.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, a referência para a arroba do boi foi de R$ 230.
- Já em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 215 por arroba de boi gordo.
- Em Uberaba (MG), a arroba foi cotada a R$ 230.
- Enquanto em Dourados (MS) foi indicado o preço de R$ 225 por arroba.
- Em Cuiabá, a arroba manteve-se em R$ 204.
Mercado atacadista
Os preços no mercado atacadista apresentaram estabilidade ao longo do decorrer da terça-feira. De acordo com Iglesias, o cenário de negócios aponta novamente para uma possível alta nos preços, pelo menos a curto prazo.
Essa perspectiva considera não apenas o recebimento dos salários, mas também o aumento na demanda devido ao Dia dos Pais. Vale destacar que a carne de frango continua a ser mais competitiva em comparação com outras proteínas de origem animal, especialmente a carne bovina.
O preço do quarto traseiro foi estabelecido em R$ 17,85 por quilo. Já a ponta de agulha permanece cotada a R$ 13,20 por quilo, enquanto o quarto dianteiro se mantém em R$ 13,40 por quilo.
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