Mandado de segurança proposto pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) visa “evitar que os prejuízos gerados se acumulem”, afirma entidade.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou nesta quinta-feira (27/01) que entrou com um mandado de segurança em Brasília contra a operação padrão deflagrada pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) há um mês. Segundo a entidade, a operação tem penalizado o fluxo de abate, do abastecimento interno e das exportações. A ABPA não informou em qual tribunal propôs a ação.
Iniciada no último dia 28/12, a operação padrão dos auditores fiscais agropecuários tem se restringido aos prazos regimentais, com turnos de oito horas diárias, sem horas extras não compensadas ou remuneradas. A movimentação foi decidida pela categoria após o orçamento da União para 2022 prever reajuste salarial apenas para as carreiras policiais.
Como consequência, o embarque e desembarque de produtos agropecuários nos portos brasileiros têm apresentado maior lentidão em um momento em que o setor enfrenta uma grave crise logística internacional.
- Mudanças climáticas redesenham a agricultura brasileira
- Valorizada em R$ 20 milhões, Dinastia Apollo Roxo se consagra como o maior tesouro do Monte Sião Haras
- Bunge alcança monitoramento de 100% da cadeia indireta de soja em áreas prioritárias no Brasil
- Sítio Pedrão e Sitío Campo Azul vencem Coffee of the Year Brasil2024
- Instabilidade no tempo marca os próximos dias no Estado
Segundo a Anffa Sindical, a operação não atinge cargas vivas, produtos perecíveis e o diagnóstico de doenças e pragas, evitando comprometer programas de erradicação e controle de doenças importantes para o Brasil, à exemplo de Febre Aftosa, Peste Suína Africana (PSA) e de pragas que poderiam colocar em risco políticas sanitárias do setor agropecuário.
Em nota, contudo, a ABPA afirma que que a ação tem penalizado o setor, motivo pelo qual “lançou mão de salvaguardas jurídicas para evitar que os prejuízos gerados se acumulem, o que poderia gerar consequências para o consumidor brasileiro e para os clientes internacionais da proteína animal do Brasil”.
Fonte: Globo Rural