De acordo com a consultoria Agrifatto, essa conjuntura mantém as escalas em nove dias, na média nacional, com os preços da arroba estabilizados em todas as 17 praças monitoradas; confira
O mercado físico do boi gordo iniciou a semana seguindo a toada dos últimos dias, com oferta restrita de animais terminados e um baixo volume de lotes negociados nas praças brasileiras. De acordo com a consultoria Agrifatto, essa conjuntura mantém as escalas em nove dias, na média nacional, com os preços da arroba estabilizados em todas as 17 praças monitoradas.
Nesta terça-feira (19/12), o preço médio do boi gordo em São Paulo permaneceu estável, registrando R$ 245/@, segundo dados da Agrifatto. Esse cenário de estabilidade se estende por dois dias consecutivos em todas as regiões produtoras monitoradas.
No mercado futuro (B3), o contrato com vencimento para dezembro de 2023 teve uma valorização de 0,36% no comparativo diário, ficando cotado em R$ 248,60/@ na segunda-feira (18/12). A Scot Consultoria aponta que, nas praças paulistas, os estoques estão um pouco mais confortáveis, e as escalas de abate estão preenchidas, resultando na cotação do boi gordo paulista em R$ 245/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 220/@ e R$ 237/@, respectivamente.
A S&P Global Commodity Insights destaca que, apesar do fraco apetite comprador, a estabilidade dos preços do boi gordo deve persistir devido à oferta enxuta de animais disponíveis para abate.
No segmento atacadista, a Agrifatto relata distribuições de carne com ossos em São Paulo nos primeiros dois dias desta semana avaliadas de “razoáveis a fracas”. A consultoria projeta uma melhora gradual a partir de quinta-feira (21/12), atingindo o ápice entre sexta-feira e sábado, prevendo um aumento da demanda pelos cortes bovinos no período natalino.
Entretanto, a Agrifatto ressalta que, nesta terça-feira, as ofertas de produtos com ossos para as negociações semanais começaram a aparecer, mas ainda não há demanda significativa, pois os atacadistas estão abastecidos até sexta-feira (22/12) e focados no gerenciamento de estoques.
A consultoria destaca também que alguns processadores de carne desossada encerraram suas atividades em 2023 devido aos elevados estoques e aos preços reduzidos dos cortes, o que limitou as opções para os frigoríficos. Em consequência desse cenário, produtos com ossos, como vaca, boi inteiro e dianteiro, enfrentam dificuldades de comercialização, sinalizando possíveis quedas nos preços.
Cotações máximas de machos e fêmeas nesta terça-feira, 19/12
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 227/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 229/@ (à vista)
vaca a R$ 210/@ (à vista)
MT-Cáceres:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 215/@ (à vista)
vaca a R$ 190/@ (à vista)
GO-Sul:
boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 234/@ (à vista)
vaca a R$ 210/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 241/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 207/@ (à vista)
vaca a R$ 187/@ (à vista)
Em resumo, o mercado do boi gordo inicia a semana com estabilidade nos preços, impulsionada pela oferta restrita de animais disponíveis para abate, enquanto a perspectiva no segmento atacadista aponta para uma melhora gradual nas distribuições de carne com ossos nos próximos dias.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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