Compradores estão se colocando de forma mais ativa nos negócios, diante da necessidade de recomporem os estoques e tentar garantir e originar a matéria prima.
Nesta terça-feira (10/11), os preços do boi gordo subiram fortemente em diversas regiões do País, reforçando ainda mais a tendência de alta no mercado, que parece não ter mais fim. Na praça de São Paulo, os negócios com boiada pronta para abate foram fechados a preços que variam de R$ 281,00 a R$ 300,00, segundo a Agrobrazil.
Mesmo com os preços nas alturas (recordes reais são rompidos quase que diariamente), os frigoríficos não tem outra saída a não ser aceitar os valores impostos pelos pecuaristas, pois há um apagão de boiadas no País, justamente num período de forte demanda pela carne bovina – tanto interna quanto externa. Fator que foi agravado pela forte estiagem no Centro-Oeste do país, criando essa lacuna.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 287,71/@, na segunda-feira (10/11), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 279,96/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 286,72/@.
O Indicador do boi gordo CEPEA/ESALQ fechou a R$ 288,00 nessa terça-feira, ou seja, rondando a estabilidade na comparação dia a dia. Mas garante grande otimismo para o pecuarista que faz negócios utilizando o indicador como base para as negociações.
“A demanda de carne bovina também está aquecida, avaliando que o consumo doméstico caminha para o seu ápice, com a indústria frigorífica começando a se planejar para atender esse período do ano”, diz.
As exportações iniciaram novembro com um bom ritmo. O papel da China segue relevante neste processo, com o gigante asiático absorvendo volumes substanciais de proteína animal brasileira. “A movimentação cambial ganha peso daqui até o final do ano, avaliando que um real muito valorizado pode desmotivar a atuação dos frigoríficos na compra de gado”, assinala.
Na avaliação da IHS, mesmo com os preços em patamares recordes, “cresce o grau especulativo de que há espaço para novas altas no curtíssimo prazo, tanto em função do descompasso entre oferta e demanda de animais prontos para abater, bem como pelo retardamento na engorda do gado extensivo nos pastos devido ao atraso das chuvas neste ano”.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços ficaram estáveis. De acordo com Iglesias, a tendência de curto prazo ainda remete a reajustes, em linha com a boa reposição entre atacado e varejo no decorrer da primeira quinzena de novembro. Além disso, o número a demanda doméstica se aproxima do seu ápice, avaliando a incidência do décimo terceiro salário e de outras bonificações motivando o consumo.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 15 o quilo, e a ponta de agulha seguiu em R$ 15 o quilo.