Por enquanto, a estratégia adotada pelos frigoríficos permanece: trabalhando com escalas curtas, e comprando compassadamente. Pecuarista começa a reter a boiada!
A quarentena começa a influir no consumo de carne no mercado interno. A demanda tem dado sinais de arrefecimento, decorrentes do pico de compras realizadas no período ‘’pré-quarentena’’. Vale destacar que há ofertas de R$5,00/@ a mais para animais jovens, com até quatro dentes, categorias quem atendem as exigências do mercado chinês.
Segundo a Radar Investimentos, “Os preços de balcão seguiram em alta em meados desta semana em SP no mercado físico do boi gordo. Além da dificuldade de compra de boiadas, o apetite pelo “boi China” cresceu e dá fôlego para negócios acima das referências. Os dados das exportações de mar/20 também surpreenderam positivamente.”
Segundo o app da Agrobrazil, os pecuaristas de Araguarina/MT, tem informado negócios de R$ 190/@ com 30 dias para pagamento e abate para o dia 09 de abril. Já em Fernandópolis/SP, o valor é de R$ 195/@ com pagamento à vista e abate para o dia 07 de abril. Já em Lins/SP, pecuaristas informaram negócios de R$ 194/@ pagamento à vista e abate para o dia 07 de abril. As flutuações entre praças é grande e deve permanecer com as escalas curtas.
O que chamou atenção, é a valorização do animal padrão China, o ágio chega a R$ 6/@ e deve crescer nos próximos dias. No app a nova máxima para o Boi China se concretizou, pecuaristas de Pompéia/SP, registraram as vendas de R$ 206/@ à vista e abate para o dia 14 de abril. Confira abaixo o gráfico com a distribuição dos preços ontem, 01 de abril, em São Paulo.
A média para a praça de São Paulo, segundo o Agrobrazil, foi de R$ 201,17/@. Já na média Cepea, tivemos um valor de R$ 195,40/@ para o boi gordo à vista, uma queda de 7,31%.
Uma coisa é certa, teremos dias escuros pela frente. A retomada da quarentena no Brasil, pode agravar ainda mais o consumo no mercado interno. Entretanto, é preciso ver o equilíbrio que pode acontecer com a retomada das compras por parte da China, afinal o país precisa consumir proteína e mudanças tem ocorrido por lá.
Segundo a FNP
Nesta quinta-feira, os preços da boiada gorda voltaram a registrar desvalorização em muitas praças pecuárias do Brasil, relata a Informa Economics FNP.
“O baixo consumo de carnes no mercado doméstico, em função das restrições de circulação e funcionamento de diversos serviços por causa da COVID-19, mantém as câmaras frigoríficas cheias e, com o excedente de oferta, as indústrias optam por adequar a produção à demanda, operando com escalas curtas”, destaca a consultoria.
A Scot Consultaria aponta os mesmos fatores para o atual viés de baixa da arroba.
Preços regionais
Nas praças do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, diante das incertezas quanto ao escoamento de carne bovina no mercado interno, as plantas frigoríficas operam com escalas reduzidas, oferecendo valores mais baixos na compra do gado para abate, informa a FNP.
Nas regiões de Campo Grande e Três Lagoas, no MS, o valor do boi gordo recuou R$ 2/@ nesta quinta-feira, para R$ 185/@, a prazo, em ambas as praças. Em Dourados, MS, atingiu R$ R$ 183/@, à vista, com baixa diária de R$ 4/@.
Em Cuiabá, no MT, o boi gordo sofreu retração de R$ 3/@, ficando a R$ 176/@, à vista. Na praça de Cáceres, também caiu R$ 3/@, para R$ 182/@, a prazo, de acordo com a FNP.
Em Goiás, os pecuaristas se demonstraram mais dispostos a vender a boiada gorda, e a melhora da oferta contribuiu para os ajustes negativos nos preços. Na praça de Goiânia, o animal terminado fechou a quinta-feira valendo R$ 190/@, a prazo, com queda diária de R$ 2/@.
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Em São Paulo, o valor da arroba se manteve estável nesta quinta-feira, a R$ 204, a prazo. No Tocantins, as indústrias conseguiram preencher as escalas para a próxima semana e se afastaram das compras. Lotes menores foram efetivados a preços mais baixos, segundo a FNP.
Na Bahia, o baixo volume de negócios em função das incertezas na demanda por cortes bovinos contribuiu para uma redução dos valores da boiada gorda.
Com informações da Scot Consultoria.