Com grande pressão na oferta de animais terminados para abate, os frigoríficos estão ofertando maiores preços na arroba do boi para tentar garantir a compra!
Os preços da arroba tiveram uma quarta-feira, 06, de novas valorizações em importantes praças pecuárias pelo Brasil. Segundo o levantamento realizado pela nossa Equipe, o fator de sustentação do movimento de valorização da arroba nesse momento é a menor oferta de animais terminados para abate.
Com escalas de abate ajustadas, variando entre dois a três dias úteis, a expectativa é que os preços continuem subindo no curto prazo. Diante desse quadro, os preços subiram nas regiões do Centro-Oeste e em Minas Gerais. Afinal, até quando vai a alta da arroba?
A Scot Consultoria, em seu relatório diário, apontou que a oferta de boi gordo nas praças paulistas continua pequena. “Os frigoríficos abriram as compras pagando R$4,00/@ a mais na comparação feita dia a dia, para todas as categorias destinadas ao abate”, apontou.
Ainda segundo o levantamento, “com os novos preços, a cotação de referência da arroba do boi gordo está apregoada em R$272,00, preço bruto e à vista. Vacas e novilhas gordas estão sendo negociadas em R$254,00/@ e R$262,00/@, preço bruto e à vista, respectivamente. Os negócios para bovinos com até quatro dentes, que atendem o mercado externo, estão em torno de R$280,00/@”, destacou a consultoria.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 278,91/@, na quarta-feira (06/01), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 270,00/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 263,98/@.
Já o Indicador do Cepea, acompanhando a valorização do mercado, teve uma valorização de 1,42%, fechando o dia cotado a R$ 278,30/@. O destaque do dia ficou para a negociação informada no app, onde o pecuarista de Luziânia/GO, vendou os animais a R$ 275/@ com pagamento à vista e abate para o dia 08 de janeiro.
O grande limitador de movimentos mais agressivos de alta nos preços da arroba do boi é, justamente, a demanda deprimida para a carne bovina.
Alerta para o fim do mês
A oferta de animais oriundos da terminação à pasto, deve se intensificar nos últimos dias do mês, já que a seca acabou tardando a entrada desses animais no mercado.
Sendo assim, o alerta fica para a última semana de janeiro e início de fevereiro, onde a oferta deve ser normalizada e, com isso, os preços tendem a ser corrigidos.
Porém, vale ressaltar que a cotação não sofrerá uma queda brusca, apenas uma correção para se ajustar à entrada de mais animais no mercado. A expectativa é que os preços fique em torno de R$ 260 e R$ 270 em algumas praças.
Mercado futuro
Na B3, assim como no balcão, a quarta-feira foi menos movimentada. O contrato vigente, o janeiro/21, teve 1.160 negociações, fechando o dia com ajuste negativo de 0,09% e cotado a R$ 277,50/kg. Já o fevereiro/21 foi ainda mais tímido, com apenas 178 negociações, encerrando a R$ 279,20/@ (+0,14%).
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Giro do boi gordo pelo Brasil, segundo Agência Safras
- Em São Paulo, Capital, a arroba do boi ficou a R$ 275, estável.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 265, inalterada.
- Em Dourados (MS), a arroba permaneceu em R$ 263.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 251.
- Em Uberaba, Minas Gerais, a R$ 270.
Atacado
No mercado atacadista, os preços ficaram estáveis. Conforme Iglesias, ainda há espaço para alguma alta nos preços, avaliando uma maior necessidade de reposição das cadeias na primeira semana do ano. “A situação da economia doméstica ainda remete a uma predileção por cortes mais acessíveis, como o dianteiro bovino, da carne de frango e dos ovos de galinha”, assinala Iglesias.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,50 o quilo, estável, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 14,70 o quilo.