Mercado tem dia estável, mas com valorização de produto padrão China; Segundo analista, o país asiático permanece com grande apetite por proteína animal diante do surto de Peste Suína Africana.
Um fenômeno, como ocorre com a atual corrida das exportações de carne bovina. As vendas atingiram volumes significativos nesta primeira semana de maio, totalizando 53,5 mil toneladas, com uma média diária de 10,7 mil toneladas – alta de 84% sobre o mês anterior e avanço de 89% em comparação ao mesmo período do ano passado, informa a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A receita obtida com os embarques referentes aos cinco primeiros dias úteis de maio/20, de US$ 235,2 milhões, representa 49% do total arrecadado em maio de 2019, e forte elevação de 114,5% no valor médio diário, se comparado ao valor obtido em igual período do ano passado.
A demanda da China, que se recupera das paralisações preventivas ao Covid-19, ainda é o principal motor de estímulo ao surpreendente fluxo das exportações nacionais, destaca a consultoria Informa Economics FNP. Ademais, na avaliação da FNP, sanções comerciais impostas pelos chineses à Austrália e o fechamento de frigoríficos nos EUA são fatores que também contribuíram para o avanço dos embarques brasileiros.
No aplicativo da Agrobrazil, os participantes informaram negócios na região de Presidente Venceslau/SP de R$ 194,00/@, à prazo para o animal com destino ao mercado interno com oito dias para pagar. No município de Dracena/SP, ocorreu negócio para o boi china de confinamento de R$ 195,00/@, à vista e com data de abata para dia 26 de maio.
Na região de Três lagoas/MS, o valor negociado para a arroba do boi gordo foi de R$ 177,00, à vista e com data para o abate em 21 de maio. Em Cassilândia/MS, foi reportado no aplicativo negócio para o boi comum de R$ 180,00/@, à prazo com trinta dias para pagar.
Ainda segundo a Informa Economics FNP, o consumo doméstico de carne bovina segue em níveis estáveis e sem grande movimentação. “Com a aproximação da segunda quinzena do mês e a manutenção das quarentenas adotadas nos estados, não deve, no curtíssimo prazo, haver espaço para uma demanda mais expressiva por cortes bovinos no atacado”, aponta.
O comportamento agressivo dos embarques brasileiros ajuda a sustentar os preços do boi gordo no mercado interno, apesar do aumento de oferta de boiadas prontas nas regiões pecuárias do Centro-Sul, ocasionadas pela chegada do período frio e, consequentemente, a falta de pastagens verdes para sustentar a permanência dos animais nas fazendas.
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Nesta terça-feira, as cotações do gado gordo registraram variações mistas ao redor do Brasil. No Centro-Sul, o avanço do tempo seco tem favorecido o aumento da oferta de animais terminados no mercado, ocasionando alguns ajustes negativos nos preços. Na praça de São Paulo, porém, a arroba permanece na casa do R$ 200, a prazo, apesar do movimento de maior oferta de boiada, de acordo com a FNP.
Por sua vez, nas regiões ao Norte do país, o volume de chuvas consistente ainda promove alguma retenção por parte dos pecuaristas, oferecendo suporte ao aumento de preços do boi gordo. No Pará, a oferta restrita de animais terminados contribuiu para novas altas nos preços da boiada nesta terça-feira, 12 de maio. As chuvas registradas no Estado dão suporte para manutenção do gado nos pastos, que apresenta bons níveis de massa verde, informa a FNP. Na praça de Redenção, no Pará, a arroba subiu R$ 1 nesta terça-feira,para R$ 185, a prazo.