Os chineses não chegaram a revelar o motivo da suspensão do frigorífico da JBS, o maior da companhia em Goiás com 2.500 cab/dia, na época. Mas a liberação trouxe grandes positividades para os pecuaristas da região!
A China retirou a suspensão das exportações do frigorífico de carne bovina da JBS, localizado em Mozarlândia. Eles estavam sob embargo chinês desde o ano passado. O anúncio foi feito no dia 18/1 pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Cabe ressaltar que a indústria é uma das maiores plantas da JBS no país e, além disso, a maior do estado. Impacto é positivo para a pecuária de corte da região.
Os chineses não chegaram a revelar o motivo da suspensão do frigorífico da JBS, o maior da companhia em Goiás. Inicialmente, a China havia barrado as importações de carne da unidade por uma semana. Mas, após uma auditoria, foi decidido que a interrupção seria por tempo indeterminado.
De acordo com Fávaro, a reabilitação representa um gesto de “boa vontade” de Pequim com o novo governo brasileiro. “Isso é uma excelente notícia, é um sinal de que a credibilidade brasileira voltou a acontecer”, disse Fávaro a jornalistas, citando a importância do presidente Lula.
A JBS produz e comercializa proteína bovina por meio de duas Unidades de Negócios: a Friboi, no Brasil, e a JBS USA Beef, presente nos Estados Unidos, Canadá e Austrália.
No Brasil, a maioria da pecuária é praticada de forma extensiva. Na busca por estreitar e reforçar a aproximação com seus fornecedores, a JBS também estabelece contratos de longo prazo e desenvolve programas que envolvem visitas periódicas, disseminação de conteúdo e oferece informações que vão de questões nutricionais ao bem-estar animal.
Impactos negativos que a suspensão causou na região
A decisão da China de suspender as importações de carne bovina da unidade da JBS em Mozarlândia (GO), no Vale do Araguaia, acabou saturando o mercado de animais prontos para abate da região, disso o presidente do Sindicato Rural de Mozarlândia, Belchior Machado.
“Está improdutiva. Assim, a oferta de bois gordos se acumula na região, com mais de 200 mil animais terminados”, afirmou Machado na época em que o embargo por tempo indeterminado foi anunciado.
Para ele, a perda para os pecuaristas diante da situação foi alta, já que, segundo ele, a capacidade de abate desta unidade é de cerca de 2,5 mil animais/dia. “Tem muito produtor com um prejuízo enorme”, assinala. Com isso, muito gado terminado na região de Mozarlândia foi enviado a Estados vizinhos, sobretudo São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Positividade nas cotações do boi gordo da região
Os preços do boi gordo, atualmente, passam por grandes flutuações diante do mercado interno ainda fragilizado. Esse mercado consumidor responde por quase 70% da carne bovina produzida, tendo grande impacto nos preços pagos ao produtor rural.
Entretanto, apesar de responder por cerca de um terço da carne bovina produzida, o mercado externo proporciona melhores margens para os frigoríficos, o que permite que esses paguem preços mais atrativos para os pecuaristas que conseguem entregar animais que atendem esse padrão – bovinos de até 30 meses de idade.
Para se ter uma ideia, segundo a Scot Consultoria, na última sexta-feira (10) os preços pagos na praça de Goiânia, para o boi comum estava apregoado a R$ 246,50/@, preço à vista e livres de Funrural. Já os animais que atendem o padrão exportação ou Boi China, fechou a semana cotado a R$ 270/@, preço bruto.
Dessa forma, o pecuarista que trabalha com animais confinados e de alta qualidade, como é o caso da região de Mozarlândia, encontra agora uma bonificação de R$ 23,50/@. Quando multiplicamos isso por 20@ – animal padrão – o valor é de R$ 470,00 por animal entregue ao abate.
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Com quase 70 anos de história, a JBS S.A. é uma multinacional de origem brasileira, reconhecida como uma das líderes globais da indústria de alimentos. Com sede na cidade de São Paulo, a Companhia está presente em mais de 20 países.
Em todos os locais onde atua, os mais de 250 mil colaboradores seguem as mesmas diretrizes em relação aos aspectos de sustentabilidade – econômico, social e ambiental –, inovação, qualidade e segurança dos alimentos, com a adoção das melhores práticas, sempre pautados pela mesma Missão e Valores.
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