Frigorífico é liberado para exportar carne ao Canadá

O Canadá é um mercado importador com grande potencial para a carne brasileira. Trata-se de uma enorme conquista, não só para a empresa, mas para toda a cadeia da carne bovina!

A Frigol, quarta maior indústria de carne bovina no Brasil, recebeu uma certificação do Canadá que permite a exportação da proteína ao país pelas unidades de Água Azul do Norte e São Félix do Xingu, ambas no Pará, enquanto busca a aprovação dos EUA, informou a empresa à Reuters nesta quinta-feira.

Presente em mais de 60 países, a Frigol acaba de obter mais uma certificação que permite ao frigorífico exportar proteína animal para o Canadá. O diretor da Frigol ressaltou que a companhia também está na expectativa pela habilitação para os Estados Unidos, mercado que se tornou um dos mais promissores em razão da ascensão de compras da carne bovina do Brasil.

As unidades de Água Azul do Norte e São Félix do Xingu, ambas no Pará, foram habilitadas para a exportação de carne bovina para o país, informou a empresa nesta quinta-feira (7/7).

Essa é a primeira habilitação da Frigol para a América do Norte. “O Canadá é um mercado importador com grande potencial para a carne brasileira. Trata-se de uma enorme conquista e é reflexo do compromisso da empresa com requisitos de qualidade internacional”, destaca Orlando Negrão, diretor de operações da Frigol.

Segundo ele, o mercado canadense importa cerca de 150 mil toneladas de carne bovina por ano e o Brasil possui uma cota, com alíquota zero, para exportar 18 mil toneladas por ano, podendo embarcar volumes maiores mediante pagamento de tarifa.

De acordo com a empresa, a China segue sendo o principal destino das exportações da companhia, que também tem desenvolvido estratégias para abertura de novos mercados. O movimento ocorre em momento de expansão dos negócios entre Brasil e Canadá no mercado de carnes.

Recentemente, a empresa recebeu habilitação do Irã, que poderá importar até 500 toneladas de carne por mês. O Líbano e Reino Unido também foram habilitados e passam a fazer parte dos países que importam da Frigol.

Foto: Divulgação

Existe ainda a expectativa de aprovação da habilitação para os Estados Unidos. “Estamos trabalhando para conquistar habilitações para exportar para outros países como Malásia, Singapura, Indonésia e Estados Unidos e fortalecer ainda mais o Brasil no comércio exterior”, completa o executivo.

No mês passado, o Brasil recebeu habilitação do Canadá para os primeiros frigoríficos poderem exportar carne suína ao país, sendo dois da Seara Alimentos, controlada pela JBS, e um da Cooperativa Central Aurora.

Exportações brasileiras de carne bovina registram recorde em junho

A receita com a exportação brasileira de carne bovina no mês de junho foi a melhor da série histórica, desde 1997, com US$ 1,14 bilhão. Na comparação com junho de 2021, o aumento foi de 36,8% (US$ 835 milhões).

Quando se olha o volume, a alta foi de 6,6%, passando de 164 mil toneladas para 175 mil toneladas entre os dois períodos. Já na comparação com maio de 2022, houve aumento de 5,4% na receita, que foi de US$ 1,08 bilhão no mês anterior.

No primeiro semestre de 2022, o Brasil exportou carne bovina para 132 países, sendo que os principais compradores foram a China, com US$ 3,6 bilhões, alta de 86% ante US$ 1,96 bilhão registrados no mesmo período de 2021.

No mesmo período, o volume cresceu 35,3% e ficou em 540 mil toneladas ante cerca de 400 mil toneladas. Na sequência estão os Estados Unidos, com faturamento de US$ 530 milhões no semestre, alta de 67% em relação aos US$ 317 milhões registrados no mesmo período de 2021.

A alta no volume foi de 83%, com 78 mil toneladas ante 42,6 mil toneladas.

Os embarques para a União Europeia cresceram 35% em receita com US$ 281 milhões ante US$ 207 milhões, enquanto o volume embarcado aumentou 16,4% e fechou o período com 36,5 mil toneladas ante 31 mil toneladas no acumulado de 2021.

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Foto: Divulgação

Expectativa nos EUA continua

Somente no primeiro semestre, o país embarcou 97.924 toneladas da proteína aos norte-americanos, um salto de 130% no comparativo anual, conforme dados da associação de frigoríficos Abrafrigo divulgados na véspera. Com isso, a participação dos EUA nas compras totais de carne bovina do Brasil passou de 4,8% em 2021 para 9% neste ano.

“Estamos trabalhando para conquistar habilitações para exportar para outros países como Malásia, Cingapura, Indonésia e Estados Unidos e fortalecer ainda mais o Brasil no comércio exterior”, acrescentou o executivo.

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