As escalas de abate confortável para o período do ano deve tirar as indústrias das compras até quarta-feira, trazendo viés de baixa nos preços!
A maior parte das indústrias frigoríficas está fora das compras, com escalas confortáveis, mas o mercado do boi gordo segue com tendência de baixa, segundo o levantamento realizado pela Equipe do Compre Rural.
A abertura da semana teve frigoríficos atuando de maneira retraída nas negociações, ofertando preço abaixo do registrando no fechamento da última semana, sinalizando para uma escala de abate confortável, ultrapassando os cinco dias úteis em sua maioria. “Com a programação de abate praticamente completa para atender as festividades de final de ano, o mercado está frio”, relata a Scot.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 256,08/@, na segunda-feira (14/12), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 253,28@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 244,93/@.
Ainda segundo o app, nesta abertura de semana, os preços nas praças paulistas tiveram negócio concretizados entre os valores de R$ 246,00 a R$ 260,00 por arroba.
O indicador do Cepea segue a mesma trajetória e abriu a semana cotado a R$ 259,70, apontando que o mercado segue pressionado e com um viés de baixa no atual momento.
Segundo a Scot Consultoria, os preços da da vaca e da novilha gordas também não sofreram alteração, e valem hoje R$ 246/@ e R$ 258/@, respectivamente.
Frigoríficos fora das compras
Segundo a IHS, algumas unidades de abate relataram que devem permanecer ausentes do mercado do boi gordo até quarta-feira desta semana, por já estarem com escalas de abate preenchidas até para depois do Natal. “Tais frigoríficos chegaram a não sinalizar indicação de compra de boiadas no dia de hoje”, acrescenta a consultoria.
“Outro ponto que remete a continuidade na tendência de baixa é a fraqueza dos cortes no atacado, com o consumidor doméstico saturado, migrando para proteínas mais acessíveis”, assinala Maia.
Retração no abate de bovinos e retenção das fêmeas
Segundo os dados divulgados pelo IBGE, no acumulado de janeiro a setembro de 2020, as matanças atingiram 22,34 milhões de cabeças, revelando uma queda de 8% frente ao resultado de igual período de 2019.
O relatório mostrou, ainda, que a taxa de abate de fêmeas atingiu 38,7% do total de bovinos abatidos entre janeiro e setembro, a menor participação desde 2016. “Tal fato sugere uma maior disposição dos pecuaristas em reter fêmeas com foco na reposição do plantel de animais, sobretudo diante dos preços recordes da reposição em função da escassez de animais jovens”, avalia a IHS Markit.
Já o abate de novilhas, que apresentou crescimento ano a ano e bateu recorde em 2019, apontou uma forte retração no período de janeiro a setembro, caindo 11,6% frente a 2019, para 2,52 milhões de cabeças.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, os preços do mercado a prazo ficaram em R$ 257 a arroba.
- Em Uberaba, Minas Gerais, o valor chegou em R$ 256 a arroba.
- Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a cotação foi de R$ 247 a arroba.
- Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 250 a arroba.
- Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 250 a arroba.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços caíram. Conforme Maia, a queda é reflexo de uma reposição entre as cadeias mais devagar do que o normal para esta época do ano, normalmente de grande consumo. “Ao mesmo tempo, o mercado segue apreensivo em torno dos números da exportação brasileira, que desaceleraram na primeira semana, possivelmente por conta do menor ímpeto chinês, disse o analista.
Com isso, o corte traseiro caiu de R$ 19,05 o quilo para R$ 18,90 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,80 o quilo, com queda diária de dez centavos, e a ponta de agulha caiu de 14,90 o quilo para R$ 14,80 o quilo.