Cadê o Boi Gordo? Frigorífico foi às compras e esquentou, ainda mais, o mercado do boi; Indústria paga mais pelo gado gordo para cumprir agenda de compromissos com importadores.
Os preços do boi gordo voltaram a subir na maioria das regiões produtoras nesta segunda-feira, 19. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, mesmo com a incidência de contratos a termo e a utilização de confinamento próprio, não houve grandes mudanças do perfil de negociações, com animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês muito demandados neste momento.
Na média das principais praças pesquisadas pela consultoria, as programações de abate atendem apenas dois a três dias úteis, reflexo da baixa disponibilidade de animais no mercado, relata a IHS Markit.
De modo geral, observa a consultoria, as tendências para o mercado do boi gordo são positivas aos pecuaristas, com sustentação dos patamares altos da arroba e espaço para novas valorizações em novembro, quando, tradicionalmente, a China amplia os volumes importados do Brasil e do mundo.
Em São Paulo – referência para outras praças do País –, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 264,93/@, nesta segunda-feira (19/10), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 249,79/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 255,61/@.
Foram informados negócios em Tarumã/SP, preço para o Boi China no valor de R$ 270,00/@ com pagamento à vista e abate para o dia 28 de outubro. Outras praças paulistas também já abriram a semana com negociações nesse patamar, mostrando que os valore devem subir ainda mais ao longo desta semana.
Já o Indicador do Cepea, fechou cotado a R$ 264,30/@ e voltou a registrar preços com uma grande valorização, continuando a sua escalada recorde. Esse valor traz um grande otimismo para a abertura da semana!
Nesta segunda-feira, a arroba voltou a acumular altas nas praças do Mato Grosso, refletindo a alta demanda de frigoríficos exportadores. Em um contexto semelhante, plantas do Mato Grosso do Sul aumentaram o valor oferecido pela boiada para conseguir preencher as programações, que operam apertadas ainda para a próxima quarta-feira, informa a IHS Markit.
O ágio em relação aos animais comercializados com destino ao consumo doméstico é posicionado entre R$ 7 e R$ 8 por arroba.
“A tendência para o último bimestre é de um apetite ainda maior do principal mercado do Brasil, com a China iniciando a formação de estoques para atender a demanda durante o Ano Novo Lunar”, destaca.
- Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 265 a arroba, contra R$ 264 na sexta-feira, 16
- Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 261 a arroba, ante R$ 260.
- Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os valores ficaram em R$ 257 a arroba, ante R$ 256.
- Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 253 a arroba, estável.
- Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 248 a arroba, contra R$ 246.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais altos. De acordo com Iglesias, os preços subiram apesar da semana ser marcada por um consumo mais comedido. “Resta saber a capacidade do consumidor médio de absorver novos reajustes, uma vez que os preços da carne bovina estão bastante proibitivos, ao mesmo tempo em que a carne de frango ganha a predileção”.
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Com isso, a ponta de agulha seguiu em R$ 14,30 por quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 14,30 o quilo, e o corte traseiro passou de R$ 19,30 o quilo para R$ 19,50 o quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,67%, sendo negociado a R$ 5,6070 para venda e a R$ 5,6050 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5690 e a máxima de R$ 5,6360.
Compre Rural com informações da Agrobrazil, IHS Markit, Agência Safras, Cepea e Portal DBO