Frigorífico demite 800 funcionários, e encerra atividades de abates em Paiçandu no Paraná; empresa já vinha operando “no vermelho” há mais de sete meses
O frigorífico Big Boi, anunciou nessa terça-feira (10), a demissão de 800 funcionários e o encerramento das atividades na unidade de Paiçandu, no Paraná. O frigorífico abatia cerca de 500 bois por dia. Durante a manhã de terça, ao chegarem para trabalhar, houve reunião com a diretoria, que informou aos funcionários o encerramento das atividades de abate, e que todos estavam demitidos.
De acordo com a empresa, a decisão é consequência da falta de rebanhos no Paraná, o que obriga os frigoríficos paranaenses a fazer suas compras de boiada no Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul, o que encarece a operação.
Segundo a diretoria da empresa, a suspensão do abate vem sendo planejada há tempos e justifica que o frigorífico vinha trabalhando com prejuízos desde o primeiro semestre do ano passado. Antes de comunicar a interrupção dos abates, o Frigorífico Big Boi cuidou de regularizar os pagamentos aos fornecedores e organizou as rescisões dos contratos de trabalho. As rescisões são acompanhadas pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentos de Maringá e Região (Stiam).
Nessa época do ano, mesmo nos estados vizinhos, a oferta de animais para abate diminui ainda mais, uma vez que os produtos aproveitam a abundância de pastagem, para manter o gado engordando.
Vários frigoríficos paranaenses fecharam nos últimos anos pelo mesmo problema. É o caso do gigante JBS, uma das maiores empresas do setor de alimentos no mundo, que fechou a unidade que mantinha em Maringá, divisa com Paiçandu, em frente ao Big Boi.
O fechamento do Big Boi terá reflexos na economia de Paiçandu, onde mora a maioria dos quase mil funcionários da empresa.
Reflexos na economia de Paiçandu
Uma das dificuldades enfrentadas pelo Big Boi nos últimos anos é imposta pela falta de rebanhos no Paraná, o que obriga os frigoríficos paranaenses a fazer suas compras de boiada no Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul, o que encarece a operação.
E mesmo nos Estados vizinhos a oferta de animais não é abundante nesta época do ano devido à retenção de boiadas por parte dos pecuaristas, que aproveitam a melhor condição das pastagens para manter o gado engordando.
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Vários frigoríficos paranaenses fecharam nos últimos anos pelo mesmo problema. É o caso do gigante JBS, uma das maiores empresas do setor de alimentos no mundo, que fechou a unidade que mantinha em Maringá, divisa com Paiçandu, em frente ao Big Boi.
Como nas vezes anteriores, o fechamento do Big Boi terá reflexos na economia de Paiçandu, onde mora a maioria dos quase mil funcionários da empresa. O comércio deve acusar a queda na movimentação ainda em janeiro e a situação deve se aprofundar em fevereiro, mas deve iniciar uma volta à normalidade em março, quando os demitidos já estarão novamente empregados, possivelmente em empresas de Maringá.
Adaptado de O Maringá
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