O coordenador de produtos na MCassab Nutrição e Saúde Animal, chama atenção para os desafios hepáticos na avicultura, no 11º Encontro de Atualização Técnica da Avicultura Paraibana (ATUAV).
“A alta dos custos de produção dos frangos, puxada pelo milho e a soja, nos leva a buscar estratégias de redução de despesas, mantendo a mesma eficiência. Temos de nos adequar ao momento, mantendo a produtividade, com a pressão pela redução do uso de antimicrobianos e respeitando o bem-estar animal”, recomenda o zootecnista Bruno Amorim, coordenador de produtos na MCassab Nutrição e Saúde Animal, que discutiu o tema “O efeito da saúde hepática no desenvolvimento e desempenho das aves”, no 11º Encontro de Atualização Técnica da Avicultura Paraibana (ATUAV).
“É preciso sempre fomentar o tripé da produção animal, formado por genética, nutrição e saúde. E, especificamente em relação à saúde, ter um olhar especial para o fígado”, explica o especialista. “O fígado desempenha importantes funções, sendo essencial para a manutenção do desempenho produtivo das aves”, complementa. Entre suas funções, o órgão armazena energia na forma de glicogênio; atua no metabolismo de nutrientes, como carboidratos, lipídeos e proteínas; e ajuda a filtrar, processar e eliminar toxinas produzidas pelo organismo ou provenientes do ambiente.
O zootecnista da MCassab chama atenção para os desafios hepáticos na avicultura, como a esteatose hepática, que, embora possa não estar associada a uma doença, causa prejuízos devido ao acúmulo de gordura no fígado. “As micotoxinas e suas interações também causam efeitos deletérios, principalmente quando associado ao fígado com maior acúmulo de gordura. Para solucionar tais problemas, deve-se estar atento à correta formulação da dieta, com níveis adequados do nutrientes atendendo a todas as necessidades das aves sem que haja excesso.
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“Além de uma boa formulação, temos de pensar em todo o processo de produção, com a adoção das Boas Práticas de Fabricação (BPF). É preciso lembrar que todos esses cuidados impactarão, positivamente, na saúde hepática das aves.
Como ferramenta para auxiliar na melhor saúde hepática, podemos utilizar aditivos como a silimarina, importante hepatoprotetor; metionina e colina, doadores do grupo metil, que também ajudam na metabolização e melhoria da saúde hepática; os adsorventes, que contribuem para diminuir o impacto das micotoxinas no organismo animal. Um novo aditivo que está ganhando destaque são os sais biliares, que melhoram a digestibilidade dos nutrientes e aumentam a proteção hepática estimulando a produção de enzimas que atuam no processo de detoxificação do fígado”, explica Bruno Amorim.
Fonte: Avisite