Embora a maior parte das exportações brasileiras esteja concentrada na Ásia, o quadro dos 10 principais importadores se revela diversificado.
Por longo tempo liderando as importações da carne de frango brasileira, em 2022 e até julho, China e Arábia Saudita registram queda de, respectivamente, 12,17% e 21,26% no volume importado. A China permanece como a principal importadora. Já a Arábia Saudita recuou da segunda para a quarta posição.
Nesses sete meses, apenas três dos 10 maiores importadores reduziram o volume adquirido. Ou seja, além de China e Arábia Saudita também a África do Sul. Que, aliás, suspendeu (até o final do ano) as tarifas antidumping que vinham sendo aplicadas ao frango brasileiro e ao de vários outros países (a exceção, neste caso, recaiu sobre o produto dos EUA, que continua taxado). Quem sabe essa suspensão reverta a atual queda de volume.
Ainda quanto à queda de volume, é oportuno observar que a redução da Arábia Saudita vem sendo neutralizada (e compensada) pelo aumento dos Emirados Árabes Unidos – um ano atrás na quinta posição e agora colocados como o segundo maior importador da carne de frango brasileira. Assim, enquanto as compras sauditas recuaram 54 mil toneladas, as dos Emirados foram 101 mil toneladas maiores, fazendo com que o total destinado aos dois importadores seja cerca de 11%maior que o dos mesmos sete meses de 2021.
A observar, ainda, que embora a maior parte das exportações brasileiras esteja concentrada na Ásia (China, Japão, Filipinas e Singapura absorveram quase 29%do total exportado), o quadro dos 10 principais importadores se revela diversificado, contando com países de quatro continentes. Ou, além da Ásia, da África (África do Sul), da Europa (Países Baixos) e da América do Norte (México).
A América do Sul também poderia estar nessa relação. Mas o principal importador do continente, o Chile, se encontra no momento na 13ª posição.