Cenas lamentáveis mostram o fogo no horizonte queimando tudo o que vê pela frente; Lula sanciona Política Nacional de Manejo do Fogo no Pantanal
A região do Pantanal completa 122 dias com combate aos incêndios em risco extremo de fogo. Os incêndios no Pantanal consumiram mais de 61 mil hectares do bioma nos últimos quatro dias, informou o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ). No período de 1º de janeiro até a útlima semana, o fogo já atingiu 688.125 hectares do bioma.
Luciano explica, que o trabalho é feito em parceria com as forças militares do estado, tanto na investigação e responsabilização administrativa e criminal pela Polícia Militar Ambiental, quanto nas atividades de prevenção. “A gente identifica as propriedades prioritárias, os Bombeiros visitam, notificam eles para que eles façam aceiro, para que treinem brigadistas, para que se inscrevam no Pantanal em Alerta, que é um sistema que nós temos. e de hora em hora manda informações sobre focos de calor para o proprietário”.
Recebemos um vídeo que mostra cenas lamentáveis do fogo tomando conta do horizonte, por todos os lados. Várias fazendas da região de Aquidauana estão sendo devastadas. O cenário é terrível, muitas famílias lutando contra um incêndio fora de controle.
Segundo populares da região os satélites indicam a origem dos incêndios, mas que nenhum responsável ainda foi punido. Confira as cenas tristes do Pantanal:
De acordo com a pesquisadora, seca extrema, temperaturas acima do normal e vegetação predisposta a incêndios dificultam o trabalho de contenção do fogo, mesmo com as temperaturas mais amenas nos últimos dias. “os indicadores de dificuldade de se controlar o fogo que refletem as condições climáticas são os mais altos já registrado desde pelo menos 2003”, diz.
Luciano explica, que o trabalho é feito em parceria com as forças militares do estado, tanto na investigação e responsabilização administrativa e criminal pela Polícia Militar Ambiental, quanto nas atividades de prevenção. “A gente identifica as propriedades prioritárias, os Bombeiros visitam, notificam eles para que eles façam aceiro, para que treinem brigadistas, para que se inscrevam no Pantanal em Alerta, que é um sistema que nós temos. e de hora em hora manda informações sobre focos de calor para o proprietário”.
Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou Corumbá com a sanção da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo. Em discurso emocionado, o presidente parabenizou o trabalho dos brigadistas que atuam no combate às chamas e a importância da nova legislação para o combate aos incêndios no País. Antes, ele já havia sobrevoado a região que queima nesta quarta-feira.
“Hoje é um dia gratificante para mim. É a primeira vez que eu visto a camisa de um brigadista. Não me queimei porque também não encostei perto do fogo. Mas eu saio daqui com orgulho de vocês. Sinceramente, eu no avião comecei a conversar com a Marina. Tanto ela como eu ficamos com os olhos marejados de ver o esforço das pessoas lá embaixo. E muitas vezes, no nosso gabinete em Brasília, a gente não tem dimensão. A gente não tem noção do que é um brigadista. E eu tive para ver hoje, de ver o brigadista em carne e osso, um cidadão igual a mim. Uma missão nobre é apagar muitas vezes o fogo que a natureza trouxe ou o fogo que algum indivíduo trouxe”, discursou Lula.
Lula também enfatizou seu vínculo pessoal com Mato Grosso do Sul e a grandiosidade do Pantanal. “Eu tenho uma relação de coração com esse estado. O significado do Pantanal é de uma grandiosidade. Um país que tem um território como o Pantanal e a gente não cuida disso, esse país não merece o Pantanal, isso é um patrimônio da humanidade que tem aqui. Por isso estou orgulhoso dos brigadistas”, afirmou o presidente, enaltecendo a riqueza natural da região e a necessidade de preservação.
Ao sancionar a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, Lula destacou que a nova lei representa um avanço significativo no combate aos incêndios no Brasil. “Essa lei que assinamos aqui vai ser um marco no combate a incêndio neste país. Estamos reconhecendo o trabalho extraordinário que todos fazem, um projeto que foi feito por vocês [brigadistas] em sua maioria”, disse o presidente.
O projeto assinado visa prevenir e combater incêndios florestais de forma integrada, combinando conhecimentos técnicos, científicos e tradicionais. A legislação reconhece o papel ecológico do fogo e respeita as práticas tradicionais de comunidades indígenas e quilombolas, permitindo o uso controlado do fogo em atividades específicas com o objetivo de conservar ecossistemas e minimizar os impactos ambientais.
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