Fogo destrói máquinas e plantações de milho em Mato Grosso

Um incêndio destruiu uma área de propriedades rurais na cidade de Itiquira, em Mato Grosso.

Em um raio de 10 mil hectares, ao menos sete fazendas foram atingidas pelas chamas, incluindo plantações com milho pronto para ser colhido.

Neste período do ano, o tempo seco predomina no estado e a baixa umidade impera em algumas regiões que sofrem com a falta de chuva há pelo menos três meses. O incêndio em Itiquira teve início na última terça-feira, dia 14, e só foi totalmente controlado no dia seguinte.

Segundo o agricultor Genuíno Aimi, que teve a propriedade afetada, o fogo se alastrou rapidamente.

“Foram 300 hectares queimados na minha propriedade, mas, no total, foram 10 mil hectares”, explicou.

Segundo ele, a safra de milho já havia sido colhida, mas o fogo destruiu a palhada da área. “A alternativa vai ser plantar algum tipo de forrageira na próxima chuva e realizar o plantio da soja mais para o fim da janela ideal”, informou.

Pelos cálculos dos produtores, algo em torno de 2 mil hectares atingidos pelo fogo seriam de lavouras de milho ainda em pé. No restante da área, foi a palhada do milho recém-colhido que alimentou as chamas. O fogo também destruiu um trator e uma grade aradora em uma das propriedades. Ainda não se sabe o que provocou o incêndio.

Foto: Felipe Gatto/Arquivo Pessoal

Nos últimos dias, os casos de queimadas em áreas rurais têm aumentado no estado. Algumas áreas de milho nos municípios de Primavera do Leste e Rondonópolis também foram atingidas por incêndios. O momento é de apreensão entre os produtores.

Foto: Felipe Gatto/Arquivo Pessoal

A gestora do núcleo técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Lucélia Avi, orienta os agricultores a adotarem medidas preventivas para evitar a propagação de incêndio, entre elas a presença de caminhões-pipa nas lavouras durante a colheita. É importante que o produtor tenha em sua propriedade um plano de ação contra as queimadas, desde a prevenção até as ações de combate ao fogo.

Outra orientação é para aqueles produtores que já tiveram áreas atingidas. A gestora explica que é fundamental registrar em laudo técnico todas as perdas e danos ambientais provocados por este tipo de queimada. O documento é importantíssimo para que o proprietário comprove que não “foi o responsável” pelo incidente, diminuindo o risco de que ele venha a ser multado pelos órgãos ambientais.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), somente neste ano foram registrados mais de sete mil focos de calor em Mato Grosso, sendo que 15% desses casos ocorreram apenas nas duas primeiras semanas deste mês. O número leva em conta tanto as áreas urbanas quanto áreas rurais e de floresta.

Fonte: Canal Rural

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