Por meio de contratos futuros negociados na bolsa norte-americana ICE, usinas brasileiras fixaram os preços das exportações.
NOVA YORK (Reuters) – Usinas brasileiras já fixaram preços de 38,5% das exportações de açúcar previstas para a próxima temporada — ou cerca de 9,8 milhões de toneladas — por meio de contratos futuros negociados na bolsa norte-americana ICE, o maior volume de vendas antecipadas para esta época do ano pelo menos na última década.
De acordo com a Archer Consulting, que assessora usinas em estratégias de hedge, produtores no maior fabricante global da commodity fixaram 1,5 milhão de toneladas de açúcar na ICE apenas em setembro.
As usinas brasileiras estão aproveitando a oportunidade para “hedgear” uma grande parte de suas vendas futuras de açúcar, uma vez que os contratos do açúcar bruto em Nova York estão sendo negociados perto das máximas em quatro anos e meio.
- Dólar tem nova queda e bolsa sobe 2,82%, o maior nível desde dezembro
- Aumento da taxa de juros é ‘herança maldita’ de Campos Neto, diz Paulo Teixeira
- Janeiro se despede com alertas de temporais em quase todo o país: veja a previsão
- Governo já utilizou R$ 29 bi para reconstrução do Rio Grande do Sul
- Haifa inaugura fábrica e vê espaço para Brasil crescer fatia na receita global
Os altos preços dos futuros do açúcar na ICE tendem a levar as usinas brasileiras a se comprometerem com uma maior produção de açúcar na nova temporada, consequentemente reduzindo a quantidade de etanol que planejam fabricar.
A Archer disse, porém, que o preço médio de hedge obtido pelas usinas até agora foi de 15,93 centavos de dólar por libra-peso, ainda distante dos níveis atuais vistos em Nova York, de cerca de 19,50 centavos de dólar por libra-peso, já que grande parte das fixações de preços para a nova temporada ocorreu meses atrás, a preços mais baixos.
Fonte: Reuters