Além de ser a maior feira equestre do continente europeu, a Fieracavalli é o ponto de encontro entre todos os criadores da Europa.
Na sua 120ª edição, circularam quase 200 mil pessoas nos quatro dias do evento, que aconteceu entre 25 e 28 de outubro em Verona, cidade na região do Veneto, na Itália.
Foram 2400 cavalos de 60 raças divididos em 12 pavilhões, com mais de 200 eventos na programação, como apresentações e shows. A Fiera, ao longo de mais de um século, se tornou uma das formas de promover e valorizar o setor equino na Itália, que hoje conta com aproximadamente 10 milhões de entusiastas em escala nacional.
Para a o Cavalo Crioulo, as apresentações em cada um dos dias do cronograma do evento vêm tornando possível o sonho da Associazione Nazionale Allevatori Cavallo Criollo (ANACC), de fazer com que a raça seja cada vez mais conhecida na Europa e no mundo. A ANACC tem um espaço próprio dentro da Fiera, destinado aos criadores que trazem seus animais para as apresentações e também para o concurso morfológico europeu, que este ano esteve em sua sétima edição.
Giuseppe Bonacina, presidente da associação italiana, conta que o projeto para o próximo ano é seguir organizando eventos que promovam a raça. “A Fiera é um evento global, estarmos aqui representa muito na história que estamos consolidando na Itália e na Europa”, comenta. Quem também esteve presente representando a associação alemã foi Benjamin Phillipp. Proprietário do Melhor Exemplar da Raça deste ano, Benjamin explica que com o apoio de grandes associações como a ABCCC, o cenário poderia melhorar ainda mais. “Seria uma abertura de mercado vantajosa para todos”, afirma. Aurore Descombes, membra da Association Française des Eleveurs de Chevaux Criollos (AFECC), e Alexander Lüchinger, criador suíço, também estiveram presentes no evento, integrando o quadro de criadores europeus.
O julgamento
O Concurso Morfológico Europeu acontece há sete anos dentro da Fiera. Nesta última edição, de acordo com o jurado Martin Gurmendez – que já acompanhou todas as edições anteriores -, a Europa chegou no seu melhor exemplar da raça. Quem levou para casa o prêmio mais cobiçado do evento foi Jalapeña de Baviera, égua nascida na Alemanha. “Grande campeã, melhor animal sem distinção de sexo, melhor animal nascido na Europa e melhor cabeça. Ela representa o que há de melhor hoje no cenário de criação europeu”, explica Martin. O trio de jurados foi composto por Daniel Berhouet, Martin Gurmendez e Santiago Sanguinetti. Direto do Uruguai, grande parte do suporte técnico que os criadores europeus recebem, vêm da relação de parceria de longa data com a Sociedad de Criadores de Caballos Criollos del Uruguay (SCCCU).
Brasil presente na Europa
Entre os quatro melhores machos do concurso mofológico, Fogo de Chão do Capão Redondo levou o prêmio de terceiro lugar na competição. Além da genética brasileira presente no concurso, a bandeira da ABCCC foi carregada pelo mineiro Alex Lustosa – membro da equipe da Cabanha La Matilde, criatório de Reggio Emilia – na abertura da apresentação da raça na Fiera.
Resultados:
Fêmeas
- 1º lugar
- Jalapeña de Baviera
- 2º lugar
- Malena del Mate
- 3º lugar
- Jacinta de Baviera
- 4º lugar
- Phitolaca Pora
Machos
- 1º lugar
- Engaño Caraguata
- 2º lugar
- Mulato del Chamame
- 3º lugar
- Fogo de Chão do Capão Redondo
- 4º lugar
- Geronimo de Baviera
O evento
A cobertura do evento foi uma parceria entre ABCCC e Em Busca do Cavalo Crioulo, projeto desenvolvido pelo fotógrafo Fagner Almeida.
Via ABCCC