Atingir metas da seção de mercearia das grandes redes quando os preços diminuem exige divulgar ainda mais e, promover para fazer volume.
Produtores e empacotadores estão mais aliviados com o retorno de negócios ao redor de R$ 240, já bem mais perto dos R$ 250, o mínimo almejado pelos produtores e o piso ideal para os empacotadores, que prefeririam estar comprando a R$ 300. Eu explico.
O empacotador de tamanhos médio e grande não especula comprando mais baixo para vender quando sobe. Tanto é assim que todos conhecemos empresas que compram praticamente todo dia, dado o volume que necessitam. O seu faturamento diminui quando o preço diminui ao produtor, mas as despesas se mantêm e a margem diminui. Com os supermercadistas ocorre o mesmo. Atingir metas da seção de mercearia das grandes redes quando os preços diminuem exige divulgar ainda mais e, com isso, promover para fazer volume. Por isso, todos sentem um pequeno alívio no segundo semestre, quando a produção passa a ser originada em áreas irrigadas onde há um número menor de produtores e, invariavelmente capitalizados, conseguem evitar oscilações ainda mais fortes.
Então não temos problemas, certo? Errado. Ainda temos um mal a ser eliminado. Especuladores que enchem de foguinho e setas num dia defendendo que o Feijão no mundo acabou, que algo que nunca se viu está acontecendo e que os preços vão ser os maiores desde que Moisés saiu do Egito. E no outro, incrível, todos os estados vão produzir e nem vai valer a pena colher. Isso é crime previsto em lei. As tais fake news são coibidas com a lei e implicam, se houver prejuízo comprovado, em prisão. Portanto, leve seu boletim de duas semanas atrás, que comentava que o desastre era iminente, e os do final da semana passada, quando parece agora que o céu será o limite, e registre um B.O.
Fonte: Ibrafe
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