O dono da fazenda foi levado para uma sala separada, onde foi torturado. Há indícios de que ele teve o coração arrancado com um facão. Crianças foram poupadas!
Seis anos após a tragédia que envolveu a morte de cinco pessoas na Fazenda Vilhena, mais cinco foram vítimas no mesmo local e mês durante esta quinta-feira (14). Dessa vez, três funcionários e dois proprietários do local foram gravemente feridos a tiro. Ainda segundo a Polícia, o proprietário foi torturado antes de ser morto.
Cinco pessoas foram assassinadas a tiros em uma fazenda a cerca de 70 km de Vilhena, no sul do estado de Rondônia. A região é conhecida por ser uma área de conflitos agrários. A polícia confirmou para a equipe da Rede Amazônica que esteve no local que os mortos são o casal dono da fazenda e três funcionários. O crime aconteceu na noite de quarta-feira (13).
Segundo as primeiras investigações da polícia, a família estava jantando quando a casa foi invadida. O dono da fazenda foi levado para uma sala separada, onde foi torturado. Há indícios de que ele teve o coração arrancado com um facão.
Ainda segundo a polícia, a mulher do fazendeiro e os três funcionários foram levados para a varanda da casa, colocados de joelho e executados com tiros na nuca.
Crianças foram poupadas
No local também estavam duas crianças, menores de 10 anos, e a esposa de um dos funcionários executados. Eles foram trancados em um dos quartos da casa durante a noite e só conseguiram sair na manhã desta quinta-feira após quebrarem uma janela.
A mulher e as crianças andaram por 15 km pela zona rural até que conseguiram pedir socorro. Foram eles que chamaram a polícia.
Outro crime na mesma fazenda
É a segunda chacina no mesmo local em pouco mais de cinco anos.Em outubro de 2015, seis anos atrás, cinco pessoas foram assassinadas brutalmente na mesma Fazenda. À época, quatro foram carbonizados até a morte e uma pessoa foi alvejada a tiros.
Em 2015, cinco pessoas também foram mortas na fazenda. Na ocasião, um homem foi atingido com um tiro nas costas. Ele fingiu que estava morto, sobreviveu e ajudou à Polícia Civil nas investigações do crime.
Ele disse que estava com mais cinco amigos conversando quando apareceram alguns homens e começaram a atirar na direção do grupo, que tentou fugir.
Os suspeitos então atearam fogo no local onde as vítimas se abrigaram para escapar dos tiros. O sobrevivente disse que em seguida os homens foram embora, mas três dos cinco mortos foram queimados vivos.
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Segundo a polícia, o crime teria sido motivado por uma disputa de terras.
Em 2017, os réus Eber Maciel da Costa e Marlos de Souza Cândido, acusados de participação na chacina da fazenda Vilhena, foram condenados a 20 anos de reclusão em um novo julgamento.
Eles foram absolvidos pelo Tribunal do Júri em setembro de 2016, mas o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) entrou com recurso e o julgamento foi anulado.