Com um peso médio de carcaça de 17,6 arrobas, esse abate não apenas demonstra a eficiência da produção, mas também rendeu um bônus significativo para o pecuarista e sua equipe. Cada novilha recebeu um bônus de R$ 28 por arroba, totalizando um ganho impressionante de quase R$ 500 por cabeça; confira
A pecuária brasileira tem registrado diversos exemplos de sucesso que combinam eficiência, sustentabilidade e inovação. Esses exemplos mostram como uma gestão bem estruturada e técnicas modernas podem transformar a produção, resultando em produtos de alta qualidade e rentabilidade. Em Mato Grosso do Sul, algumas propriedades se destacam por sua capacidade de maximizar a produção e agregar valor aos seus produtos, contribuindo para o desenvolvimento do setor.
Um exemplo notável é a Fazenda Saltinho, localizada no município de Camapuã, que recentemente alcançou um bônus significativo de quase R$ 500 por cabeça ao finalizar a novilhada cruzada. Este artigo irá explorar os fatores que contribuíram para esse sucesso, incluindo práticas de manejo, genética e alimentação. Também discutiremos o impacto do Protocolo 1953 na pecuária, oferecendo uma visão abrangente de como a escolha das raças para a fazenda e uma gestão eficiente da propriedade contribuem para a maior lucratividade no setor.
Fazenda Saltinho e sua gestão eficiente
Integrante do programa Fazenda Nota 10, do Portal Giro do Boi, Elinaldo Ferreira Paniago, ao lado de sua esposa, tem transformado a Fazenda Saltinho em um modelo de excelência, tanto em termos de produtividade quanto de rentabilidade. Recentemente, a fazenda alcançou mais um marco em sua jornada de sucesso com o abate de novilhas cruzadas.
Com um peso médio de carcaça de 17,6 arrobas, esse abate não apenas demonstra a eficiência da produção, mas também rendeu um bônus significativo para Elinaldo e sua equipe. Cada novilha recebeu um bônus de R$ 28 por arroba, totalizando um ganho impressionante de quase R$ 500 por cabeça. Esse reconhecimento não é apenas um testemunho da qualidade da produção da fazenda, mas também ressalta a eficácia das práticas de manejo adotadas pela equipe.
Protocolo 1953 e bônus ao produtor
O Protocolo 1953 é uma iniciativa que visa promover a produção de carne bovina de alta qualidade no Brasil. Lançado em 2018, ele estabelece critérios rigorosos para a certificação de animais que garantem carne macia, saborosa e suculenta. Entre esses critérios, destaca-se o grau de sangue, exigindo que os animais tenham no mínimo 50% de sangue de raças taurinas, além de outros requisitos relacionados ao manejo e à genética.
Dentre as raças que compõem a seleção criteriosa, a maioria dos animais é Angus, a qual se junta a nomes renomados como Hereford, Devon, Charolês, entre outros. Essas raças trazem consigo características e nuances de sabor únicas, enriquecendo os cortes com uma diversidade que atende aos paladares mais exigentes.
Ao privilegiar pecuaristas que se comprometem com a obtenção de animais que atendam a esses padrões de qualidade, o Protocolo 1953 não apenas agrega valor à carne produzida, mas também incentiva práticas de manejo e seleção genética que resultam em produtos finais de alto valor agregado. Essa iniciativa não só beneficia os produtores, proporcionando-lhes bônus financeiros, mas também atende à crescente demanda dos consumidores por carne bovina premium, garantindo a sustentabilidade e competitividade do setor pecuário brasileiro.
Escolha da raça e influência na lucratividade da propriedade
A escolha da raça de gado adequada desempenha um papel crucial no potencial de ganho de uma operação pecuária. Cada raça possui características genéticas únicas que influenciam diretamente o ganho de peso, a conversão alimentar e a adaptabilidade às condições ambientais. Raças como Angus e Nelore, por exemplo, são conhecidas por suas habilidades de ganho de peso e adaptabilidade em diferentes ambientes. Ao selecionar a raça mais adequada para o seu sistema de produção e ambiente local, os pecuaristas podem maximizar os ganhos, garantindo que os animais atendam às demandas do mercado e ofereçam o melhor retorno sobre o investimento.
Além disso, é importante considerar as características específicas do mercado e as preferências dos consumidores durante a escolha. Por exemplo, se o mercado demanda carne com marmoreio e maciez, raças como Angus e Wagyu podem ser mais adequadas, enquanto para mercados que valorizam a rusticidade e a adaptabilidade, raças como Nelore podem ser a melhor escolha. Uma análise cuidadosa das características genéticas, do ambiente de produção e das demandas do mercado é essencial para tomar a decisão certa e maximizar os ganhos na pecuária.
Como turbinar os ganhos com os animais
Para turbinar os ganhos com os animais, os pecuaristas podem adotar diversas estratégias:
Seleção genética adequada: Investir em animais de alta qualidade genética, com potencial para ganho de peso, conversão alimentar eficiente e resistência a doenças, pode aumentar significativamente os ganhos ao longo do tempo.
Manejo nutricional eficiente: Garantir uma alimentação balanceada e de qualidade para os animais é essencial para promover um crescimento saudável e rápido. Isso pode envolver o uso de pastagens bem manejadas, suplementação nutricional adequada e até mesmo o uso de rações específicas em determinadas fases da vida dos animais.
Manejo sanitário rigoroso: Implementar um programa de controle sanitário eficaz ajuda a prevenir doenças e aumenta a saúde geral do rebanho. Animais saudáveis tendem a ter melhor desempenho e custos de produção mais baixos, resultando em ganhos financeiros mais altos.
Integração de tecnologia: Utilizar tecnologias modernas, como rastreamento por GPS, monitoramento de saúde por meio de sensores e sistemas de alimentação automatizados, pode ajudar os pecuaristas a otimizar o manejo do rebanho e identificar áreas de melhoria para maximizar os ganhos.
Parcerias estratégicas: Estabelecer parcerias com outros produtores, empresas de processamento de carne ou fornecedores de insumos pode proporcionar vantagens competitivas e oportunidades de negócios que impulsionam os ganhos.
Grande importância de uma gestão eficiente
Uma gestão eficiente é fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento pecuário, e isso se aplica especialmente à pecuária. Veja os principais motivos:
Otimização de recursos: Na pecuária, recursos como terra, água, alimentos e mão de obra são essenciais. Uma gestão eficiente garante que esses recursos sejam utilizados de forma inteligente e otimizada, maximizando a produtividade e reduzindo desperdícios.
Controle de custos: Os custos de produção na pecuária podem ser significativos. Uma gestão eficiente permite o controle detalhado desses custos, identificando áreas onde é possível reduzir despesas sem comprometer a qualidade ou a produtividade.
Monitoramento do desempenho: Uma gestão eficiente envolve o monitoramento constante do desempenho do rebanho, incluindo ganho de peso, taxa de reprodução, saúde do gado e eficiência alimentar. Isso permite tomar decisões informadas para melhorar a eficiência e a rentabilidade.
Tomada de decisão estratégica: Com dados precisos e análises detalhadas, os gestores podem tomar decisões estratégicas mais acertadas. Isso inclui decisões sobre genética do rebanho, investimentos em infraestrutura, diversificação de mercado e muito mais.
Sustentabilidade: Uma gestão eficiente não se trata apenas de maximizar os lucros a curto prazo, mas também de garantir a sustentabilidade a longo prazo do negócio. Isso inclui práticas agrícolas sustentáveis, como manejo adequado do solo e conservação da água, bem como preocupações com bem-estar animal e conformidade com regulamentações ambientais.
Adaptação a mudanças: O setor pecuário está em constante evolução, com mudanças nas condições de mercado, avanços tecnológicos e desafios ambientais. Uma gestão eficiente permite que os produtores se adaptem rapidamente a essas mudanças e aproveitem novas oportunidades.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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