Local construído nos arredores da cidade de Córdoba como uma bela homenagem tem 2,5 km de extensão e levou 5 anos para ficar pronto
Quando sobrevoam esses campos nas Pampas argentinas, os pilotos observam com curiosidade as alamedas desenhadas com eucaliptos e ciprestes compondo o enorme instrumento de cordas, tão ligado ao folclore da região. O nome da fazenda? La Guitarra (que traduzido para o português é violão), claro! Está localizada 19 km ao Norte de General Levalle, na região pampiana ao Sul da Província de Córdoba, na Argentina.
A sede da fazenda foi construída no século passado em formato de violão com mais de sete mil árvores e tem uma história de amor linda por trás.
O argentino Pedro Martín é o protagonista de uma bela história envolvendo instrumentos musicais: em 1977, ele resolveu plantar em sua fazenda, localizada em Córdoba, uma enorme área em formato de violão. Batizado de “La Guitarra”, o espaço de 2,5 km de extensão conta com 7 mil árvores e levou cerca de 5 anos para ficar pronto.
A história da construção teve início após Graciela, esposa de Pedro, teve a ideia de criar uma pequena floresta no formato do instrumento que ela tanto gostava dentro da propriedade do casal. Infelizmente, pouco depois, ela morreu em decorrência de um aneurisma, aos 25 anos de idade.
Pedro, então, resolveu realizar o sonho de sua esposa. Após consultar vários paisagistas, ele iniciou o plantio, que só foi concluído em 1982. O resultado é tão grandioso que pode ser visto até mesmo no Google Earth.
A Estância La Guitarra
Pedro explicou, no site oficial da fazenda, que “não foi nada fácil” plantar todas as árvores que formam o imenso violão. O contorno foi feito com pinheiros ciprestes californianos verde-escuros. Já as seis cordas foram representadas com uma série de eucaliptos medicinais de tom azulado.
Ainda no site, Ezequiel, filho mais velho, revelou que na época que sua mãe propôs o projeto, o pai era muito jovem e estava “ocupado em seus próprios planos”. “Ele adiava, falava que pensaria depois”, contou.
O fazendeiro cuidou do espaço até 2019, quando faleceu aos 79 anos de idade.
