Faz calor? A previsão sugere que próximo ano pode ter temperaturas mais quentes

O serviço de meteorologia do Reino Unido alerta que a temperatura média global pode exceder 1,5ºC em 2024

A previsão da Met Office, serviço meteorológico do Reino Unido, indica que a temperatura média global do próximo ano pode exceder 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais pela primeira vez na história moderna.

Apesar de o Acordo de Paris estabelecer o objetivo principal de limitar o aquecimento a 1,5ºC, a análise ao longo de cerca de duas décadas permite exceder esse limite em um ano sem implicar a perda do objetivo global. No entanto, essa projeção é considerada um marco significativo, evidenciando como as emissões de gases de efeito estufa estão impulsionando o planeta em direção a condições nunca antes experimentadas pela humanidade.

Conforme a previsão, a Met Office estima que o ano de 2024 encerrará com uma temperatura média situada entre 1,34ºC e 1,58ºC acima do período entre 1850-1900. Isso representará o 11º ano consecutivo em que as temperaturas superarão a marca de 1ºC, indicando uma tendência contínua de aquecimento.

Temperaturas em níveis recorde

De acordo com o professor Adam Scaife, da Met Office, o fenômeno natural El Niño, caracterizado pelo aumento do calor no Oceano Pacífico, está contribuindo para o aumento adicional da temperatura atmosférica neste ano. Prevê-se que esse efeito persista até o outono de 2024 (no Hemisfério Sul), resultando em um aumento temporário na temperatura média global.

Scaife destaca que essa previsão está alinhada com a tendência global de aquecimento de 0,2ºC por década e é impulsionada por um El Niño robusto. Antecipa-se, portanto, a ocorrência de dois novos anos recordes em termos de temperatura global, com a perspectiva inédita de um ano exceder temporariamente 1,5ºC.

Segundo o especialista, 2023 deverá superar o recorde atual estabelecido em 2016 como o ano mais quente já registrado, impulsionado pela presença do El Niño. Além desse fenômeno, anomalias no Atlântico Norte e no Oceano Austral, somadas às mudanças climáticas, são apontadas como explicação para os novos extremos de temperatura global.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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