Fávaro propõe reunião de trabalho na Expointer para explicar medidas ao Agro

O ministro da Agricultura confirmou mudanças nas medidas já anunciadas e diz que “quase a totalidade dos produtores será atendida”.

O discurso mais esperado da abertura oficial da 47° Expointer durou pouco mais de cinco minutos. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, havia prometido anunciar medidas robustas de ajuda ao agronegócio gaúcho.

Mas ao contrário do esperado, Fávaro disse que não iria elencar as medidas durante a cerimônia, e sim, em uma reunião logo após a abertura oficial da feira. 

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“Vamos sentar e tirar todas as dúvidas. Posso garantir a vocês. Não será o esperado, não será o sonho de todos os produtores, mas certamente serão medidas que permitirão a reconstrução com dignidade de todos os produtores”, completou. 

O ministro começou o discurso salientando a recuperação do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio que provocaram mais de 180 mortes e afetaram mais de 200 mil propriedades rurais. 

“Faz quatro meses dessa tragédia e a evolução, crescimento, essa feira que é símbolo da força da agropecuária. O povo gaúcho é, sem sombra de dúvidas, o mais resiliente. Nós tínhamos que estar aqui para dar o start da próxima safra, que Deus vai nos permitir que será a safra da reconstrução e do bom começo”, disse a um público atento posicionado na Pista Central do Parque – incluindo integrantes do Movimento SOS Agro RS.

Após a solenidade, o ministro disse a jornalistas que faria uma reunião com produtores, entidades e bancos para tirar todas as dúvidas. E que os bancos públicos vão firmar o compromisso de não atingir o teto máximo, reduzindo a taxa de juros. “ O compromisso dos bancos que têm teto máximo para capital de giro é alto, 9.5%. Por isso o fundo garantidor que o governo instituiu. Com ele o risco dos bancos diminui”, explicou. 

Fávaro também garantiu que com a medida o pleito das cooperativas, Farsul e cerealistas será atendido. “E aí temos a convicção de que as medidas vão atender quase a totalidade, a imensa maioria. A expectativa é 7% ao ano, dez anos para pagar e dois de carência”, detalhou o ministro sobre os prazos de pagamentos.

Confira os prazos prometidos pelo governo federal para renegociação de dívidas.

Reconstrução: 10 anos

Renegociação de Dívidas: 8 anos direto ou via cooperativas  

Cerealistas: 5 anos

*em todas as categorias há carência 

Fávaro chegou à Expointer no final da manhã desta sexta, 30. Na quinta, havia dito que não participaria por falta de avião e problemas logísticos em função da interdição do aeroporto de Porto Alegre, desde as inundações. 

O governador Eduardo Leite falou logo após o ministro e disse que “o agronegócio gaúcho tem pressa”. “Nós agradecemos os movimentos que já foram feitos. Não foram poucos. Mas nós vemos também o que os produtores estão dizendo. Não é o suficiente, precisamos de mais agilidade, menos burocracia, mais facilidade para acessar esse crédito”, ressaltou. 

Fonte: Agro Estadão

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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