O ministro ressaltou a necessidade de modernizar o modelo vigente e propôs a criação de uma nova proposta para tornar o seguro mais acessível aos produtores rurais.
O seguro rural no Brasil está desatualizado e precisa de uma reformulação imediata. Essa foi a avaliação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante audiência na Comissão de Agricultura do Senado, nesta terça-feira (19). Ao ser questionado pelos parlamentares sobre o tema, o ministro ressaltou a necessidade de modernizar o modelo vigente e propôs a criação de uma nova proposta para tornar o seguro mais acessível aos produtores rurais.
Fávaro mencionou o projeto de lei em discussão, que visa ampliar a cobertura do seguro rural, oferecendo maior segurança financeira ao setor agropecuário. De acordo com ele, embora a agropecuária brasileira tenha avançado significativamente em termos de tecnologia, inovação e produtividade, a proteção contra riscos climáticos e perdas não acompanhou esse progresso.
“O seguro rural ficou para trás. Precisamos encontrar uma saída para essa que é uma das maiores carências do arranjo produtivo brasileiro”, afirmou o ministro.
Comparação com os EUA e mudanças propostas
Fávaro mencionou o modelo de seguro rural dos Estados Unidos, no qual o governo subsidiaria diretamente o seguro, ao invés de concentrar esforços no crédito agrícola, como é feito no Brasil. Atualmente, o governo brasileiro investe cerca de R$ 16,3 bilhões na subvenção ao crédito rural, enquanto apenas R$ 1 bilhão é destinado ao seguro rural.
A proposta do ministro é buscar um equilíbrio, tornando o seguro obrigatório para aqueles que utilizam o crédito rural. “Nos Estados Unidos, não há crédito rural como no Brasil, mas há um seguro bem estruturado. Aqui, podemos manter o crédito, mas com a exigência do seguro, garantindo maior proteção ao produtor”, disse.
Além disso, Fávaro ressaltou que uma reformulação do seguro poderia diminuir o custo das apólices para os produtores, tornando a adesão mais atrativa. De acordo com estudos preliminares apresentados na audiência, os valores das apólices poderiam diminuir entre 0,9% e 1,3%, tornando o seguro mais barato e acessível.
Avanço das negociações com o setor privado
A reformulação do seguro rural está sendo discutida com diversos setores, incluindo seguradoras, resseguradoras, parlamentares e representantes do agronegócio. O objetivo é criar um modelo que amplie a cobertura e ofereça mais previsibilidade financeira aos produtores, especialmente diante das variações climáticas e dos desafios enfrentados pelo setor.
Se a proposta for aprovada no Congresso, o novo modelo poderá proporcionar maior estabilidade ao agronegócio brasileiro, reduzindo os impactos econômicos causados por perdas na produção e tornando o setor ainda mais competitivo no cenário internacional.
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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