Melhor aproveitamento dos recursos naturais e maior produtividade passam por investimentos tecnológicos presentes na agricultura 4.0
A exigência de se produzir alimentos para 9,8 bilhões de pessoas até 2050 e ainda manter a rentabilidade no processo colocam a agricultura dentro da era digital. Recursos como o Big data, que disponibiliza diversos dados e informações analisadas em tempo real, colocaram a produção de alimentos em um novo patamar, no qual se preza pelo melhor aproveitamento dos recursos naturais e maior produtividade por meio dessas ferramentas tecnológicas.
O Big Data, a inteligência artificial, a internet das coisas e outras ferramentas da agricultura 4.0, que buscam melhorias contínuas em todos os pontos do processo produtivo dos cultivos, foram analisadas durante o One: Simpósio de Ideias Alltech (ONE19). O evento foi realizado entre os dias 19 e 21 de maio, na cidade de Lexington (KY), nos Estados Unidos.
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Para o engenheiro agrônomo Leonardo Porpino, gerente técnico nacional da Alltech Crop Science, para a produção agrícola se manter economicamente estável mundialmente é preciso buscar o auxílio dessas ferramentas, visto que apenas 45% do potencial produtivo é aproveitado, em média, em cada cultivo. “Estamos falando do uso de estações de coleta de dados ambientais e análises laboratoriais de resposta rápida, todas as informações compondo uma base de dados que, correlacionados, alimentam uma plataforma de banco de dados, que por sua vez, auxiliam na tomada de decisão e controlam equipamentos eletrônicos ligados aos equipamentos agrícolas”.
Produção fora do campo
Dentro dessa necessidade da agricultura atender uma população na casa de bilhões, se torna importante também olhar para onde são cultivados esses alimentos. Somente as áreas verdes serão suficientes para esse fim? Por isso, observar novas áreas para a produção é fundamental, com a pesquisa sendo uma importante aliada para essa finalidade. Sobre o tema, o ONE19 recebeu especialistas que discutiram sobre plantio em gravidade zero, condições encontradas no espaço sideral.
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“O conhecimento é a base da evolução e da vida, estudar hipóteses é o propósito principal da experimentação, através das respostas encontradas podemos trilhar o caminho a ser seguido. Podemos afirmar, neste momento, que estes estudos trarão a resposta para o desenvolvimento do setor agrícola no mundo”, discorre Porpino.
Outro questionamento importante a ser feito pelo setor é analisar como diversas esferas da sociedade têm impactado no meio ambiente, gerando mudanças em todo planeta. “Quando falamos de aquecimento global temos que avaliar o avanço urbano, que modifica espaços naturais e coloca cimento. Olhar também a indústria quando não consegue aproveitar e reutilizar seus resíduos, além da própria agricultura. Independente de qual área, todas modificam o ambiente natural. Por isso, temos que refletir sobre como fazer e pensar esses negócios”, finaliza Porpino.