O indicador para carnes chegou a 122 pontos e estabeleceu um novo recorde histórico, com alta de 0,6% em maio, mesmo com os preços mundiais da carne bovina permanecendo estáveis.
Os preços mundiais dos alimentos caíram em maio pelo segundo mês consecutivo, após atingirem um recorde em março, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O índice de preços da entidade atingiu uma média de 157,4 pontos no mês passado, ante 158,3 em abril. Ainda assim, o número está 29,2 pontos (22,8%) acima do seu valor no mês correspondente do ano passado.
A queda em maio foi liderada por recuos nos índices de preços de óleos vegetais e lácteos, enquanto o índice de preços do açúcar também caiu em menor proporção. Cereais e carnes aumentaram.
O indicador de preços dos cereais da FAO aumentou 2,2% em relação ao mês anterior, para 173,4 pontos, liderado pelos preços do trigo, que subiram 5,6% em relação a abril e 56,2% em relação ao valor correspondente no ano anterior.
“Os preços internacionais do trigo, em média apenas 11% abaixo do recorde alcançado em março de 2008, subiram em resposta à proibição de exportação anunciada pela Índia e às preocupações com as condições das colheitas em vários países exportadores líderes, bem como perspectivas de produção reduzidas na Ucrânia devido à guerra”, explica a FAO, em relatório.
Os preços internacionais do arroz também subiram em geral, enquanto os preços dos grãos forrageiros e do milho caíram em sintonia com as condições de safra ligeiramente melhores nos EUA, suprimentos sazonais na Argentina e o início iminente do principal colheita de milho no Brasil.
O indicador para carnes chegou a 122 pontos e estabeleceu um novo recorde histórico, com alta de 0,6% em maio, mesmo com os preços mundiais da carne bovina permanecendo estáveis e os da carne suína caindo. “A alta foi impulsionada por um forte aumento nos preços internacionais da carne de aves, refletindo as interrupções contínuas na cadeia de suprimentos na Ucrânia e casos recentes de gripe aviária em meio a um aumento na demanda na Europa e no Oriente Médio”, diz a FAO.
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O índice para óleos vegetais da FAO caiu 3,5% em relação a abril, para 173,4 pontos. Os preços dos óleos de palma, girassol, soja e canela caíram.
No caso dos laticínios, a queda do índice foi de 3,5% em relação ao mês anterior, para 141,6 pontos. Os preços do leite em pó caíram mais, devido às incertezas do mercado devido aos contínuos bloqueios do covid-19 na China, enquanto as vendas robustas no varejo e a alta demanda de restaurantes no Hemisfério Norte impediram que os preços do queijo caíssem significativamente, afirma a FAO.
Por fim, o indicador de açúcar recuou 1,1% em relação a abril, para 120,3 pontos. Segundo a FAO, a safra abundante na Índia impulsionou as perspectivas de disponibilidade global e o enfraquecimento do real em relação ao dólar, juntamente com os preços mais baixos do etanol, também pressionaram os preços mundiais do açúcar para baixo.