O presidente do Sindlaticínios-CE, José Antunes, destacou a necessidade de medidas voltadas para o aumento da produtividade e da competitividade do leite e derivados.
Com um mercado consumidor ainda dependente de laticínios de outros estados, o Ceará apresenta um grande potencial para incrementar a produção de leite no Estado. A meta da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) é dobrar a produção, passando dos atuais 1 bilhão de litros de leite por ano para 2 bilhões de litros nos próximos cinco anos.
“O Ceará tem todas as condições para fazer isso, mas é preciso que haja concorrência no setor industrial”, disse o presidente da Faec, Amílcar Silveira, durante a reunião do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Ceará (Sindlaticínios-CE), realizada nesta terça-feira (30) na Faec.
Na ocasião, o presidente do Sindlaticínios-CE, José Antunes, destacou a necessidade de medidas voltadas para o aumento da produtividade e da competitividade do leite e derivados. Diferente de outros estados, o Ceará “importa” leite e laticínios, como queijo, manteiga, creme de leite, requeijão, iogurte, dentre outros, de outras unidades da Federação, o que cria um estímulo natural para o aumento da produção local.
“Hoje metade do leite consumido em Fortaleza não é produzido no Ceará. Então, nós temos mercado, mas precisamos aumentar a nossa produtividade e agregar valor aos nossos produtos”, disse Amílcar Silveira.
Atualmente, o Ceará tem mais de 2 mil laticínios, entretanto, a maior parte ainda não tem as devidas licenças. Diante desse gargalo, a meta inicial do Sistema Faec/Senar é viabilizar a regularização de 100 laticínios, em parceria com o Sebrae Ceará, que irá custear 85% do valor cobrado para os estudos técnicos requeridos pelos órgãos de fiscalização. A iniciativa poderá beneficiar cerca de 80 mil pessoas que, hoje, sobrevivem ou dependem da pecuária leiteira.