Embarques de carne bovina continuam acelerados e julho deve ser o melhor mês de 2021; preços da soja estão estáveis nas principais praças brasileiras
Dia de observação e avaliação no mercado do boi gordo brasileiro, com a chegada do fim do mês e de uma frente fria no horizonte, as referências de preços nas praças paulistas continuam próximo aos R$ 318,00/@, mantendo-se estável no comparativo diário. Na B3, o contrato futuro com vencimento em outubro/21 fechou o dia cotado a R$ 325,45/@, valorizando 1,13% no comparativo diário.
As exportações de carne bovina in natura avançaram na última semana, foram 41,26 mil toneladas embarcadas do produto, avanço de 13,85% no comparativo semanal. Com isso, a média diária de envios atingiu as 7,68 mil toneladas, com os 17 dias úteis de julho/21 somando 130,49 mil toneladas exportadas, 4,30% a mais que o mesmo período do ano passado. A probabilidade de visualizarmos o melhor mês de 2021 para os embarques de carne bovina é grande.
A colheita do milho segunda safra avança para 41,3% de toda área plantada segundo dados da CONAB. As negociações do cereal continuam pontuais no mercado físico com o produtor segurando o cereal colhido em busca de preços mais atraentes. O referencial de Campinas/SP aponta a saca do grão sendo vendida na média dos R$ 101,00. A previsão de uma forte frente fria com possibilidade de novas geadas no centro-sul do país deu forte impulso nos futuros do cereal na B3, levando o contrato set/21 R$ 101,97/sc no encerramento do pregão, valorização diária de 2,67%.
As exportações do milho continuam a progredir, na última semana 597,28 mil toneladas foram embarcadas, volume 548,04% superior a todo milho exportado em junho/21. Com uma média de 65,95 mil ton/dia embarcadas nos navios, o mês atual atinge a marca de 1,12 milhões de toneladas exportadas do grão, representando 28,18% de todo volume do mesmo mês em 2020. A receita obtida com as vendas da semana chega na casa dos US$ 140,41 milhões e com isso, os 17 dias úteis de julho/21 somam US$ 256,64 milhões.
Movimentos opostos de variação entre os futuros em Chicago e o dólar se anularam deixando os preços da soja estáveis nas principais praças brasileiras. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa encerrou o dia sendo vendida na casa dos R$ 164,00/sc. Na CBOT, a valorização do óleo de soja e a previsão de chuvas desfavorável no cinturão agrícola dos EUA sustentaram as valorizações, a exemplo, o com vencimento para agosto/21 foi vendido a US$ 14,12/bu, avanço de 0,84%.
Os embarques de soja recuaram 47,9% na terceira semana de julho. As 1,46 milhões de toneladas que foram exportadas no período representam o menor volume do mês corrente. Até a terceira semana de julho 7,01 milhões de toneladas deixaram os portos brasileiros, volume que representa 70,5% de julho/20.