Em receita, o resultado foi 25% maior; ABPA avalia que o Brasil se mantém como maior exportador de aves mundial impulsionado pelo status sanitário privilegiado.
As exportações brasileiras de carne de frango somaram 463,5 mil toneladas em outubro, alta de 15,4% em relação às 401,7 mil toneladas do mesmo mês do ano passado. O resultado em receita foi ainda mais expressivo e chegou a US$ 904,4 milhões, um crescimento de 25% se comparado aos US$ 723,5 milhões de outubro de 2023. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
No acumulado de janeiro a outubro, as exportações da carne de frango mantiveram uma alta de 2%, com 4,38 milhões de toneladas. Já a receita acumulada alcançou US$ 8,177 bilhões, e ficou 1,5% abaixo do registrado nos dez primeiros meses do ano anterior, quando as vendas internacionais arrecadaram US$ 8,301 bilhões.
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, afirma em nota que as exportações de aves no mês de outubro confirmam a previsão da associação no início do ano. “Isso é uma tendência que se confirma e mostra que em novembro e dezembro, provavelmente, nós vamos continuar com essa tendência. [Vamos] fechar o ano melhor do que prevíamos, já que temos custos razoáveis de produção, um mercado interno equilibrado, com preços adequados, com fornecimento a mais do que se tinha previsto para o mercado interno, mas em equilíbrio”.
Paraná é o principal exportador da carne de frango brasileira, com 190 mil toneladas embarcadas em outubro, o que representa aumento de 14,3% em relação a outubro de 2023. Na sequência está Santa Catarina, com 105 mil toneladas (+27,1%), Rio Grande do Sul, com 56 mil toneladas (-2,8%), São Paulo, com 28,7% (+13%), e Goiás, com 18,9 mil toneladas (+6%).
Destinos da carne de frango brasileira
A China, principal importador da carne de frango brasileira, registrou um aumento de 30,4% na importação em outubro, com 53,5 mil toneladas. Na sequência estão Japão, com 39,9 mil toneladas (+19,2%), México, que importou 35 mil toneladas (+21,6%) e as Filipinas, com 24,6 mil toneladas (+73,9%). Só os Emirados Árabes Unidos que, apesar de terem importado 31 mil toneladas, registraram uma queda de 11,7% no volume de importações.
“Demonstra que o Brasil está sendo chamado para complementar as produções em vários locais do mundo. E essa capilaridade que temos mostra que o Brasil tem capacidade de manter-se como o maior exportador mundial, ajudando na segurança alimentar”, avalia o presidente da ABPA.
Ricardo Santin também ressalta que o mercado global segue pressionado por questões relacionadas à Influenza Aviária. “Como a produção industrial do Brasil é livre da enfermidade, os exportadores avícolas seguem com elevada demanda”, destaca.
Fonte: Agro Estadão
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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