Segundo dados da Scot, nas praças de São Paulo, todas as categorias prontas para abate fecharam o dia com estabilidade, apesar das tentativas de queda por parte dos frigoríficos locais; confira as cotações do boi gordo
O mercado físico do boi gordo continua a apresentar preços acomodados, mantendo-se estável apesar da persistente pressão de baixa. Segundo análises da Consultoria Safras & Mercado, a cadência das negociações por parte dos pecuaristas está influenciando a dinâmica do mercado, com possibilidades de transações acima da média de referência.
O analista Fernando Henrique Iglesias ressalta que as pastagens ainda estão em boas condições, permitindo que os produtores adotem estratégias para negociar seus animais. Entretanto, essa conjuntura pode não se manter ao longo do segundo trimestre, alerta Iglesias.
Segundo dados da Scot, nesta quarta-feira (27/3), nas praças de São Paulo, todas as categorias prontas para abate fecharam o dia com estabilidade, apesar das tentativas de queda por parte dos frigoríficos locais.
Preços da arroba do boi
- São Paulo, Capital: R$ 228
- Goiânia, Goiás: R$ 216
- Uberaba (MG): R$ 221
- Dourados (MS): R$ 219
- Cuiabá: R$ 206
Pelo levantamento da Agrifatto, no início da semana, Goiás foi o Estado que mais sentiu a pressão baixista, registrando desvalorização de 1% na cotação do boi gordo, que hoje vale, em média, R$ 216/@.
O mercado do boi gordo mantém estabilidade, conforme dados do CEPEA, com a arroba registrando R$231,80, uma variação diária de -0,17% e uma queda de -1,53% no mês. Em dólares, o valor corresponde a $46,55. Esses números refletem a resistência do mercado frente à pressão de baixa, enquanto os frigoríficos mantêm-se cautelosos em suas compras, especialmente devido à expectativa de redução na demanda durante o feriado de Páscoa, favorecendo o maior consumo de peixe.
Atacado
No mercado atacadista, os preços permaneceram estáveis nesta quarta-feira (27), com destaque para o quarto traseiro cotado a R$17,10 por quilo, o quarto dianteiro a R$13,20 por quilo e a ponta de agulha a R$13,00 por quilo. Esses números indicam um ambiente de negócios que aponta para uma possível recuperação das vendas durante a primeira quinzena do mês, impulsionada pela entrada dos salários na economia e pelo período do Domingo de Páscoa, que tradicionalmente aumenta o consumo, como destacado pelo analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Exportações
Enquanto o mercado interno demonstra instabilidade, as exportações brasileiras de carne bovina in natura estão em bom ritmo, relata a Agrifatto, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). “As embarcações da terceira semana de março/24 foram surpreendentemente fortes e atingiram 55,27 mil toneladas”, destacam os analistas.
Com isso, a média diária dos embarques na última semana ficou em 11,05 mil toneladas, com avanço de 62,26% sobre a média diária da semana anterior. “O resultado foi recorde para uma terceira semana de março”, observa a Agrifatto, acrescentando: “Nossa estimativa para o mês foi reajustada para 170 mil toneladas, o que seria um volume recorde para março”.
Seguindo a tendência dos últimos meses, os importadores chineses continuaram pressionando os preços ofertados pela carne bovina brasileira, afirma a consultoria. “No entanto, os exportadores parecem ter afirmado que há um ‘piso’ para as cotações”, acrescenta a Agrifatto.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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