Embarques externos de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada no mês tiveram alta de 27,7% na comparação com igual mês do ano passado.
A receita e a quantidade obtida com a exportação de carne bovina em julho cresceu em relação a julho do ano passado, conforme dados divulgados há pouco pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
Os embarques externos de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada somaram 169,24 mil toneladas em julho deste ano, 27,7% acima das 133,19 mil toneladas de igual mês do ano passado. A receita totalizou US$ 690,74 milhões no mês passado, alta de 30,19% sobre os US$ 530,58 milhões de igual mês de 2019.
O preço médio da carne bovina na exportação alcançou US$ 4.081,30/tonelada, ante US$ 3.983,60/t de julho do ano passado, valor 2,45% maior.
Em coletiva de imprensa, o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, foi questionado se há preocupação do governo sobre uma possível dependência comercial do continente asiático, já que cerca de metade das exportações brasileiras segue para esse destino.
“Desde o início do governo Jair Bolsonaro, ficou muito claro que o Brasil tem a ambição de ser um grande player na arena internacional. Essa concentração excessiva na Ásia é um fenômeno conjuntural. A Ásia tem uma participação importante não só na pauta de comércio do Brasil, mas eu diria que de basicamente todos os países do mundo. Isso é mais do que um fenômeno localizado no Brasil, isso é um fenômeno global”, introduziu.
O secretário afirmou que pelas exportações brasileiras terem maior foco nos produtos agropecuários e pela Ásia ser a primeira região do globo a se recuperar dos prejuízos econômicos causados pela pandemia de Covid-19, é “natural que essa concentração [de vendas] aumente”. “Mas, como eu mencionei, é bem possível que a recuperação do continente europeu, que já dá sinais concretos e que, certamente, virá no segundo semestre para a economia americana, as exportações de outros produtos – sobretudo os industrializados – ganhem mais peso na nossa pauta exportadora e, com isso, a dependência da Ásia diminua”, apontou.
As exportações totais de carne bovina no mês de julho somaram US$690,7 milhões. Um aumento de 30% em comparação com a arrecadação do mesmo mês do ano passado, que ficou em US$530,58 milhões. Em volume, foram enviados para outros países, mais de 169 mil toneladas de carne bovina no último mês. No mesmo período de 2019, foram exportadas 133 mil toneladas.
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Carne de aves
Por outro lado, as exportações totais de carnes de aves apresentaram desvalorização e queda no volume exportado em julho deste ano. No último mês, foram comercializadas 337 mil toneladas de carne de ave, enquanto, no mesmo período de 2019 foram embarcadas, 371 mil toneladas. Uma redução do volume de 10%. Na arrecadação, uma queda de 29%. As vendas de carne de ave totalizaram US$446,8 milhões em julho deste ano, contra US$628,4 milhões em julho do ano passado.
“As vendas de carne de aves dependem muito de condições locais de oferta e demanda. Eu lembro que um dos principais destinos das carnes de aves são os países do Oriente Médio e, por conta do preço do petróleo, nós temos visto uma grande queda da renda desses países. Então é natural ter uma queda. E, pelas questões de câmbio, pode acontecer que o importador estrangeiro negocie um desconto no preço. Por conta da renda maior em reais, é até natural que o exportador faça um desconto do preço em dólar pra garantir a competitividade. Mas nós prevemos uma estabilidade nos preços ao longo do ano”, disse o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações, Herlon Brandão.
Compre Rural com informações do Estadão Conteúdo e Canal Rural