Mas com ajuda do dólar, faturamento cresce 12% no mesmo período em comparação com o ano passado; Mostrando a diferença e margem dos frigoríficos!
O volume de carne bovina in natura exportada no estado do Mato Grosso do Sul registrou uma queda de 6,5% nos primeiros três meses de 2020. No entanto, a valorização do dólar contribuiu para o aumento 12% no faturamento das indústrias frigoríficas, que atuam nas exportações.
Segundo o Diretor da Famasul, Frederico Stella Borges, os frigoríficos no estado estão comprando apenas o necessário para a semana. “Nós estamos com o embarque imediato, porém as referências para a arroba não estão evoluindo e estamos com um preço médio ao redor de R$ 185,00/@, à prazo com trinta dias e as grandes indústrias estão ofertando balcão a R$ 177,00/@, mas não ocorre negócios nestes valores”, aponta.
Os pecuaristas ainda contam com condições favoráveis de pastagens, mas teve localidades que ficaram 40 dias sem receber precipitações. “Nós tivemos volumes consideráveis na semana passada e que deixou o produtor rural mais tranquilo, mas tendência é a umidade ir diminuindo nos próximos meses”, relata.
O estado do Mato Grosso do Sul está indo em direção oposta ao restante do País, em que as exportações estão contribuindo para reduzir os estoques. “Enquanto que o Brasil vem com um aumento nas exportações de 5%, nosso estado está com um recuo de 6,5% no volume embarcada neste trimestre”, comenta.
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Boa parte do produto destinado a exportação é voltado para o mercado árabe e Chile, mas que estão fora das compras diante da pandemia. Por outro lado, a demanda chinesa tem se mostrado aquecida nas últimas semanas. “A China encerrou o ano passado com 9º maior comprador de carne bovina do estado, e neste ano, está na 4ª posição”, diz a liderança.
Com relação a rentabilidade, Stella destaca que a valorização do câmbio contribuiu para o faturamento das indústrias exportadoras. “Nós tivemos um aumento de 12% no valor negociado para o animal com destino a exportação”, ressalta.