Esse desempenho positivo “indica que o solúvel poderá bater recorde de divisas para o país no ano de 2024” e se dá em função dos contínuos investimentos.
De janeiro a setembro de 2024, o Brasil exportou o equivalente a 2,962 milhões de sacas de 60 quilos de café solúvel, crescimento de 6,8% na comparação com igual período de 2023. Em receita, os embarques renderam ao país US$ 657,4 milhões, alta de 23,2% no mesmo intervalo comparativo. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) e foram divulgados nesta sexta-feira, 18.
Para o diretor de Relações Institucionais da entidade, Aguinaldo Lima, esse desempenho positivo “indica que o solúvel poderá bater recorde de divisas para o país no ano de 2024” e se dá em função dos contínuos investimentos em qualidade e inovações tecnológicas realizados pelas indústrias instaladas no Brasil.
Lima também destaca a capacitação nacional quanto às mais exigentes demandas de governança socioambiental e sustentabilidade. “Condizente com os chamados critérios ESG, o café solúvel do Brasil está preparado para ampliar sua representatividade em novos, emergentes e tradicionais mercados do produto. Se a logística não for impactada por atrasos de embarques no país e/ou pelos conflitos geopolíticos no Leste Europeu e no Oriente Médio, teremos um desempenho, em volume, maior do que no ano anterior e, provavelmente, um desempenho histórico em receita obtida com as exportações de solúvel neste ano”, destaca em nota.
Principais destinos
Os Estados Unidos, apesar de uma queda de 12,9% nas importações, ainda lideram o ranking dos principais destinos dos cafés solúveis do Brasil até setembro de 2024, com a aquisição de 517.111 sacas. Na sequência, a Rússia ocupa a segunda posição, com a compra de 194.522 sacas no intervalo e expressivo incremento de 274,7% frente a 2023.
Entre os principais importadores, a Abics destaca o desempenho para nações concorrentes, que produzem café e também industrializam o solúvel. A Indonésia importou 166,8 mil sacas (+18,7%) e ocupa a terceira colocação no ranking. O México, segundo maior produtor mundial de solúvel, chega ao oitavo lugar na tabela ao ampliar em 195% a compra do produto brasileiro, que totaliza 121,9 mil sacas até o momento, de acordo com a entidade.
“Os desempenhos positivos no acumulado de 2024, em volume e receita, assim como o avanço em outras nações produtoras de café e industrializadoras de solúvel, reforçam a qualidade e o respeito aos critérios socioambientais do produto brasileiro, que atendem aos mais diversos e exigentes mercados”, comenta o diretor da Abics.
Consumo interno
O relatório da Abics mostra que o Brasil consumiu o equivalente a 823.033 sacas de café solúvel de janeiro ao fim de setembro deste ano, o que representa uma alta de 2,4% em relação às 803.795 sacas absorvidas pelo mercado nacional nos mesmos nove meses de 2023.
“Esse resultado foi alcançado pelo substancial impulso de 98,2% do solúvel tipo freeze dried, também conhecido como liofilizado, que suprimiu a moderada queda de 3,5% do spray dried, o qual representa 88% do total consumido no país. Já o consumo dos cafés solúveis importados, que respondem por apenas 2% do geral, teve crescimento de 6,9% no período”, conclui Aguinaldo Lima.
Fonte: Agro Estadão
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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