Exportação de alimentos atinge recorde de US$ 30,7 bi no 1º semestre, diz Abia

Em volume, as vendas externas do setor aumentaram 19,1% na comparação com os seis primeiros meses do ano passado.

As exportações brasileiras de alimentos cresceram 8,5% e atingiram o recorde de US$ 30,7 bilhões no primeiro semestre deste ano, revela levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).

Em volume, as vendas externas do setor aumentaram 19,1% na comparação com os seis primeiros meses do ano passado, somando 37,2 milhões de toneladas. A Abia projeta que as exportações do setor podem alcançar entre US$ 65 bilhões e US$ 68 bilhões no acumulado do ano.

Cães desempenham papel fundamental nas tarefas em fazendas e haras  

De acordo com a Abia, o crescimento das exportações deve-se, sobretudo, à “forte demanda” por alimentos, impulsionada pelas vendas para os 22 países da Liga Árabe – principal mercado para os alimentos industrializados brasileiros. A comercialização de alimentos do Brasil para a região alcançou US$ 6,2 bilhões de janeiro a junho deste ano, 35,1% acima do apurado no primeiro semestre de 2023, apontou a pesquisa conjuntural semestral da Abia.

“O Brasil, que sempre se destacou como o celeiro do mundo, passou a ser também o supermercado do mundo”, comentou o presidente executivo da Abia, João Dornellas. O Brasil exporta alimentos industrializados para 190 países.

O faturamento total da indústria brasileira no primeiro semestre, considerando exportações e vendas internas, atingiu R$ 586,2 bilhões. O valor é 7,8% superior ao registrado nos primeiros seis meses do ano passado. A expectativa da Abia para este ano é de avanço anual entre 2,5% e 3% das vendas reais de alimentos industrializados, acompanhando a perspectiva de crescimento econômico do Brasil e no cenário global.

Na primeira metade do ano, as vendas de alimentos da indústria para o mercado interno representaram 73% do total, alcançando R$ 441,7 bilhões. A comercialização interna, segundo a Abia, foi impulsionada pelo canal de food service, no qual as vendas subiram 10,3%, atingindo R$ 124,9 bilhões. “O food service continua a se recuperar depois do impacto da pandemia, influenciado pela ampliação do emprego e da renda no país. Essa tendência é um indicativo de que o mercado interno está se fortalecendo e se diversificando”, destacou Dornellas.

O varejo alimentar cresceu 8,2% em valores nominais, para R$ 316,8 bilhões ao fim de junho deste ano. O desempenho positivo, segundo a Abia, deve-se em parte à estabilidade dos preços dos alimentos industrializados, em meio à maior disponibilidade interna dos grãos.

“As intensas chuvas no Rio Grande do Sul afetaram o preço do arroz, porém, não se percebe interferência no abastecimento. Já o café e o cacau, com oferta reduzida no mercado internacional, mantiveram tendência de alta. Os alimentos produzidos pela indústria contribuíram para frear a inflação dos alimentos no primeiro semestre do ano, ponderou a Abia. De acordo com dados entidade, a inflação acumulada para alimentos in natura é de 13,57% nos primeiros seis meses deste ano, contra 1,28% dos alimentos e bebidas industrializados.

A indústria brasileira de alimentos investiu R$ 21,11 bilhões no primeiro semestre deste ano, 8,7% mais ante igual período do ano passado. O aporte foi direcionado para a ampliação e modernização de plantas fabris e para a construção de novas unidades.

A indústria de alimentos processa 61% da produção agropecuária do país.

Fonte: Estadão Conteúdo

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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