A previsão é 0,82% menor do que no 10% levantamento (10,33 mi de t), contudo 18,55% maior do que na safra passada, quando foram colhidas 8,65 mi de t.
A expectativa da safra paulista de grãos para 2021/2022 é de 10,25 milhões de toneladas, segundo o 11º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com dados compilados pelo Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP).
A previsão é 0,82% menor do que no 10% levantamento (10,33 milhões de toneladas), contudo 18,55% maior do que na safra passada, quando foram colhidas 8,65 milhões de toneladas. A área plantada com grãos soma 2,48 milhões de hectares, alta de 3,44% frente a 2020/21, e a produtividade média esperada é de 4.131 kg/ha, um ganho de 14,61%.
“Houve uma pequena queda na expectativa de produção em relação ao último levantamento, mas os números ainda são muito positivos sobre a safra passada, assim como a área plantada e a produtividade. A agricultura paulista, apesar de todos os desafios, como o acesso ao crédito e questões climáticas, vive um momento positivo”, afirma o presidente da FAESP, Fábio de Salles Meirelles.
O destaque positivo foi para primeira safra de milho, que foi revisada para cima, em 85,4 mil toneladas neste levantamento, com produção estimada em 1,99 milhões de toneladas (alta de 8,39% ante a safra anterior).
Com esses resultados, a produção de milho total no estado, consideradas as duas safras, é projetada em 4,33 milhões de toneladas, 32,38% superior à do último ciclo.
A pequena queda na produção estimada deste levantamento se fundamenta, principalmente, na revisão das safras de arroz, trigo e milho safrinha. O volume de arroz, anteriormente avaliado em 42,7 mil toneladas, agora é projetado para 34,3 mil toneladas, registrando quedas de -19,67% em comparação com a previsão anterior e de -13,82% frente aos dados do último ciclo.
O cultivo de trigo no Estado teve a semeadura influenciada pela estiagem, que ainda persiste e preocupa produtores do sistema de sequeiro. Por essa razão, houve redução de -6,28% nas expectativas para a produção deste cereal, atualmente avaliadas em 265,5 mil toneladas (+4,28% ante o volume colhido na safra anterior).
O milho safrinha teve a sua projeção reduzida em 147,5 mil toneladas ou -5,94% do 10º levantamento para este. A produção desta segunda safra é estimada em 2,33 milhões de toneladas, contra 1,43 milhões do ciclo 2020/21, um aumento de 63,3%.
Brasil
O 11º levantamento da Conab para a safra 2021/22 reduziu as estimativas da produção brasileira de grãos em 1,05 milhões de toneladas. Anteriormente estimada em 272,5 milhões de toneladas, a produção é agora avaliada em 271,4 milhões de toneladas, registrando queda de 0,39% em comparação ao levantamento anterior, mas uma alta de 6,24% em relação aos resultados da última safra. A área plantada soma 73,8 milhões de hectares (+5,76%) e a produtividade, 3.678 kg/ha (+0,46%).
O destaque positivo é o trigo, com estimativa de produção recorde de 9,2 milhões de toneladas (+19,29% em comparação com a safra anterior). Apesar do leve atraso na semeadura de trigo na região Sul, em função do excesso de chuvas, as condições se mantêm favoráveis para o desenvolvimento das lavouras, justificando a revisão para cima (+129,5 mil toneladas ou +1,43%) realizada neste último levantamento.
A queda na projeção para a produção de grãos é decorrente, principalmente, das novas estimativas para os cultivos de milho 2ª e 3ª safras, sorgo, feijão 2ª safra e algodão caroço. Do levantamento anterior para o atual, a estimativa para a produção de algodão caroço caiu 73,3 mil toneladas, a de feijão 2ª safra, 75,8 mil toneladas, e a de sorgo, 93,5 mil toneladas.
Embora as estimativas para a safra de milho verão tenham sido elevadas em 174,5 mil toneladas, somando 24,98 milhões de toneladas neste ciclo, não foi suficiente para evitar a queda na produção de milho total, isso porque a segunda safra, responsável por 76% da produção total, registrou queda significativa nas estimativas para a colheita.
O rendimento do milho safrinha nos estados de MG, GO, SP e BA foram afetados pela escassez hídrica e pelo ataque da cigarrinha do milho. Assim, a produção estimada desta safra caiu de 88,4 milhões de toneladas para 87,4 milhões de toneladas. Apesar de representar uma alta de 43,9% em comparação com os resultados da última safra, é 1,18% inferior à projeção anterior.
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Já a produção da terceira safra de milho foi reduzida em 104,2 mil toneladas neste levantamento e deve somar 2,3 milhões de toneladas no ciclo 2021/22. Diante desse cenário, a produção de milho total, consideradas as três safras, é estimada em 114,7 milhões de toneladas (+31,68% ante a produção de 2020/21 e -0,83% frente ao 10º levantamento).
Fonte: Faesp