Evolução do Cavalo Crioulo contribui para expansão da raça pelo país

Profissionalização das modalidades e trabalho de fomento da ABCCC acompanharam crescimento nos números de criadores e usuários.

A evolução do Cavalo Crioulo por meio de suas ferramentas de seleção vem acompanhando o crescimento da raça em todo o Brasil e até no exterior. O Agropauta Web Talks debateu o tema na noite desta segunda-feira, 27 de setembro.

Participaram do encontro virtual o executivo da Comissão de Provas Funcionais da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Eduardo Azevedo, o superintendente do Serviço de Registro Genealógico da entidade, Frederico Araújo, e o gerente do Setor de Provas Funcionais, Exposições Morfológicas e Expansão da associação, Gérson de Medeiros.

Conforme Azevedo, sempre ao final de cada ciclo é costumeiro fazer uma análise dos números de crescimento da raça e que a cada ano a evolução é mais visível.

“Quando chegamos ao final do ciclo é quando começamos a analisar os números de todas as inúmeras provas que a gente tem. Justamente neste final fazemos este estudo e com certeza a evolução a cada ano é impressionante. Precisamos trabalhar para acompanhar os crescimentos dos níveis como, por exemplo, o dos treinadores, que a cada ano evolui mais. Se pegarmos os números de animais, por exemplo, nesta pandemia, conseguimos manter os números”, observou.

Araújo reforçou que a evolução dos animais também reflete na mudança contínua dos processos relativos às modalidades. Dá como exemplo o Freio de Ouro, maior ferramenta de seleção da raça Crioula, que se profissionalizou e vem alterando sua organização.

“Se pensarmos nesta questão de evolução, o que conseguimos evoluir nas provas. Se pegarmos imagens do Freio de Ouro do passado, aquele era o processo de seleção daquela época. O gado era o que tinha sobrado de dentro do caminhão, não se trabalhava em termos de qualidade de pista e de ambiente, mas a nossa prova evoluiu junto com o nosso cavalo. A cada ano nos preocupamos e a cada ano quando vamos buscando qualidade e excelência dos nossos eventos, vai ficando mais difícil, pois já estamos muito bem”, salientou.

Esta evolução também se insere no trabalho de fomento em regiões do país. Segundo Medeiros, cada Estado tem suas particularidades que se modificam, inclusive, dentro de cada unidade. “O Estado de São Paulo não é um Estado territorialmente tão grande mas temos múltiplas culturas, com microrregiões com modalidades distintas. Se pegarmos a região de Sorocaba é uma região de laço comprido. Não adianta inserir outra modalidade ali. Já a região de Campinas é uma região de Team Penning, Ranch Sorting.

Fizemos este estudo de mercado para inserir o cavalo da melhor forma. Temos dois colegas que moram em regiões como Mato Grosso e Goiás para atender aquelas regiões. Tivemos recentemente um evento no Maranhão, esse final de semana teremos em Rondônia, nos próximos dias outro será no Piauí”, explicou.

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