Novo score do agronegócio pode aumentar em 40,4% o número de produtores rurais com boa pontuação de crédito; produtores com mais de 60 anos têm o maior salto na pontuação
Um estudo inédito da Serasa Experian revelou um cenário positivo para a concessão de crédito aos produtores rurais. Na comparação com modalidades tradicionais de análise, a adoção da inteligência específica para o agronegócio pode fazer com que 40,4% dos trabalhadores do campo passem a ter score acima de 500. “A solução, que ajuda a preencher a lacuna de informação que ainda existe nessa área, facilita ao setor agrícola a aquisição de um crédito de qualidade para financiar suas atividades e mitiga os riscos de concessão para os credores”, explica o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.
O Estudo de Impacto do Agro Score foi realizado em março de 2023, com uma amostra de cerca de 9 milhões de donos de propriedades rurais e/ou que possuam empréstimos e financiamentos na modalidade rural e/ou agroindustrial no Cadastro Positivo.
A solução atribui uma pontuação de 0 a 1000 a cada produtor. Quanto mais alta é a pontuação, maior é a chance de que ele cumpra os compromissos financeiros com empresas relacionadas ao agronegócio (comércio atacadista, indústrias, insumos, fertilizantes e maquinário agrícola), mercado financeiro e cooperativas de crédito.
“Com o modelo tradicional utilizado pelo mercado, cerca de 58,6% desses trabalhadores teriam acesso a um crédito de qualidade. Mas quando utilizamos informações específicas do agronegócio para a análise, a expertise do Agro Score foi capaz de aumentar esse percentual para 82,4% deles. Ou seja, para cada 1.000 produtores rurais, 586 estariam aptos ao crédito com o modelo comum de análise. Ao passo que, com o novo Score específico para o agronegócio, esse número cresce para 824”, pontua Marcelo Pimenta.
Também de acordo com Marcelo Pimenta, o estudo demonstra como é fundamental que o setor tenha análises tecnológicas customizadas para garantir negociações mais vantajosas. “A avaliação dessa solução é mais assertiva, pois são levados em consideração os riscos do comportamento financeiro do produtor no mercado e sua relação com inadimplência relacionada ao agronegócio. Por isso, temos um Score de crédito específico para o setor, desenvolvido com modelagem estatística avançada para atender as peculiaridades do agronegócio, um dos principais motores da economia no país”.
O Agro Score considera em sua análise o desempenho do produtor rural no mercado financeiro de cooperativas de crédito, comércio atacadista, indústrias do agronegócio, insumos, fertilizantes, maquinário agrícola, entre outros indicadores.
Produtores rurais com mais de 60 anos são os mais beneficiados
O recorte por faixa etária mostrou que aqueles com mais de 60 anos tiveram o maior salto na pontuação, já que marcaram alta de até 22,4% em comparação com as modalidades tradicionais de análise entregues pelo mercado. Os agricultores com idade entre 51 e 60 anos também tiveram destaque, crescendo aproximadamente 21,4%. Confira no gráfico abaixo os dados completos:
Regiões Norte e Nordeste do Brasil marcam o melhor percentual de aumento
A análise por Estados brasileiros mostrou que as regiões Norte (variação média de até 23,2%) e Nordeste (variação média de até 21,1%) são as mais beneficiadas pelo Agro Score, em relação a melhora da pontuação dos produtores rurais. Desta forma, eles podem otimizar sua tomada de crédito por meio da avaliação assertiva dos credores. A região Sudeste marcou 20,9%, seguida pela Centro-Oeste (20,3%) e Sul (15,3%).
Segundo o estudo, os donos de propriedades rurais do Pará tiveram o melhor ganho, em termos de Score, marcando alta de até 26,8%. Em sequência está a Bahia, com aproximadamente 26%. No gráfico abaixo é possível conferir os dados estaduais completos:
“O crédito rural tem sido fundamental para fomentar a produção agrícola e, cada vez, mais esse recurso é solicitado para dar suporte aos trabalhadores do campo no país. Com a combinação de dados em uma análise customizada, os produtores têm mais chances de acessar linhas de crédito com melhores taxas de juros e investir com segurança em insumos necessários para suas atividades rurais”, finaliza Pimenta.