Estudo do BC aponta perspectivas favoráveis para a pecuária brasileira

O documento lembrou que as exportações de carne bovina no primeiro semestre de 2022 cresceram 56,9% em valor e 23,7% em quantidade.

As perspectivas para a produção pecuária nacional seguem positivas, segundo avaliação do Banco Central (BC) publicada em estudo nesta quinta-feira. De acordo com a autoridade monetária, o desempenho do segmento nos próximos meses deve ser puxado pelo comportamento esperado nas exportações e pela retomada gradual do mercado doméstico, “beneficiado por atividade econômica mais robusta”.

A pesquisa apresentou resultados da pecuária de corte em 2021 e no primeiro semestre de 2022, a partir da evolução de abates, vendas externas, custos dos principais insumos e preços.

O documento lembrou que as exportações de carne bovina no primeiro semestre de 2022 cresceram 56,9% em valor e 23,7% em quantidade, na comparação com igual período de 2021, após recuo de 4,3% em volume no ano anterior.

Em relação aos cortes suínos, o valor dos embarques diminuiu 17,7% e o volume, 9,7%, respectivamente, na mesma base de comparação, “repercutindo o recuo das compras chinesas, após altas significativas em 2020 e 2021”. Já as vendas externas de frango cresceram 35,4% em valor e 7,5% em quantidade, em relação ao mesmo período de 2021.

Aumento no abate de bovinos

“Na pecuária bovina, houve aumento dos abates no segundo trimestre, período de deterioração das pastagens, resultando em diminuição de preços, que ainda se mantiveram em patamar elevado. No restante do ano, a permanência de valores elevados no mercado futuro para o boi gordo e o comportamento dos preços dos animais de reposição tendem a manter a rentabilidade dos produtores”, destacou o BC.

Queda de margens nos suínos

Sobre a carne suína, a alta dos estoques pressionou os preços. “A rentabilidade dos produtores também foi negativamente impactada pelo aumento nos preços dos insumos, especialmente milho e farelo de soja, agravado pela baixa disponibilidade interna e alta procura”, ressaltou.

A autoridade monetária frisou que a competitividade da carne suína subiu no mercado doméstico em virtude do seu preço, que permanece abaixo das demais carnes desde janeiro de 2021. “No segundo trimestre, os preços médios do suíno apresentaram leve recuperação, paralelamente à menor oferta de animais gordos e algum aquecimento na demanda pela proteína”, afirmou o BC.

Alta da carne de frango

“Após queda no final do ano passado e em janeiro deste ano, os preços da carne de frango avançaram entre fevereiro e março, impulsionados pelo ajuste na oferta e pelo aumento na demanda externa – casos de gripe aviária em importantes produtores, como EUA e países da Europa –, o que permitiu algum repasse da elevação dos custos de produção”, completou.

Fonte: Valor Econômico.
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