Estudo cultivo aborda in vitro de meloeiro

O processo de desinfestação é a primeira etapa para o estabelecimento in vitro de uma cultura, implicando a eliminação dos microrganismos do explante.

O desenvolvimento de tecnologias agrícolas é suporte para o fortalecimento das cadeias produtivas. O programa de melhoramento genético de cultivares de meloeiro amarelo promove uma série de esforços visando ao crescimento dessa atividade. O estudo “Estabelecimento in Vitro de Meloeiro Amarelo Híbrido Goldex” aborda a aplicação de técnicas biotecnológicas no programa de melhoramento genético do meloeiro amarelo. Nesse processo, é indispensável o desenvolvimento de protocolos de diferenciação de plantas por cultura de tecidos, sendo a primeira etapa o estabelecimento in vitro, que consiste no cultivo de células, tecidos ou órgãos vegetais. São utilizados nesse modelo de produção recipientes semi-herméticos, com condições de assepsia e controle de luminosidade, temperatura, umidade e pH.

Na pesquisa de estabelecimento in vitro do Meloeiro Amarelo Híbrido Goldex, os pesquisadores buscaram definir o tipo de explante e o procedimento de desinfestação mais adequado. Para a multiplicação in vitro, o estudo aferiu que o recomendado é a utilização de explantes obtidos diretamente da matriz da planta. Assim, quando se faz o uso de explantes excisados ​​a partir de plantas mantidas em campo ou em casa de vegetação, a desinfestação, ou seja, a remoção de contaminantes existentes na superfície do próprio explante, é um passo inevitável no processo de micropropagação. 

O processo de desinfestação é a primeira etapa para o estabelecimento in vitrode uma cultura, implicando a eliminação dos microrganismos do explante, a fim de evitar contaminações extremamente prejudiciais na introdução, incubação e manipulação do material. Os danos causados ​​pela contaminação microbiana são examinados pelo fato desses organismos competirem com os explantes pelos nutrientes do meio de cultivo, além de liberarem metabólitos tóxicos que podem ocasionar a morte do explante.

Foto: Frederico Inácio Costa de Oliveira
Foto apresenta diferentes tipos de explantes usados ​​em experimentos.

Uso do cloro

A pesquisa concluiu que o aumento da concentração de cloro ativo na solução desinfetante e maior tempo de exposição ao etanol 70% resultam em menor porcentagem de contaminação e maior índice de apresentação dos explantes de gema apical e folha jovem. O explante de gavinha – utilizando-se o procedimento de desinfestação com imersão em etanol 70% durante 1 minuto, com posterior submersão em solução de hipoclorito de sódio (NaClO) com 0,1% de cloro ativo por 7,5 minutos, seguido de três enxágues com água destilada e autoclavada – é o mais adequado para o estabelecimento da cultura in vitro do meloeiro amarelo híbrido Goldex. O percentual de contaminação é inversamente proporcional ao percentual de emissão.

Determinar os métodos que aprimoram o uso da cultura de tecidos é de grande importância, uma vez que estes visam reduzir a taxa de contaminação, suavizar os índices de transmissão no meio de cultivo e nos tecidos vegetais e, consequentemente, elevar o sucesso do estabelecimento  in vitro de explantes de meloeiro.

Fonte: Embrapa

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