Em 2024 o El Niño poderá provocar impactos da Amazônia ao Alasca, alerta estudo

Apesar de perder intensidade, o El Niño ainda exercerá impactos significativos no aumento da temperatura global, previsto para atingir recordes até julho deste ano; veja

Está fazendo calor por aí? Se sim, fique atento, pois os termômetros podem indicar temperaturas ainda mais elevadas nos próximos meses. Essa previsão surge a partir de um estudo realizado por cientistas chineses, recentemente divulgado na revista científica Scientific Reports.

Segundo a pesquisa, existe uma probabilidade de 90% de a temperatura média da Terra atingir recordes até junho, sendo esse aumento diretamente relacionado ao fenômeno El Niño, que está ativo no Hemisfério Sul.

Cinco regiões são particularmente vulneráveis a esse aumento e, consequentemente, a eventos climáticos extremos. São elas: Baía de Benguela (Angola), Mar da China Meridional (Filipinas), Alasca, Mar das Caraíbas (Caribe) e a Amazônia.

O relatório destaca que esse iminente aumento de temperatura intensifica o risco de ondas de calor ao longo do ano, aumentando também a ameaça de incêndios florestais e outros impactos negativos. Diante disso, são necessárias medidas estratégicas de mitigação para reduzir os potenciais impactos adversos.

El Niño vai acabar
Foto: Divulgação

Descubra a seguir os possíveis cenários em cada região:

  • Baía de Benguela, Mar da China Meridional e Mar das Caraíbas: Expectativa de ondas de calor marinhas durante todo o ano.
  • Alasca: Possibilidade de derretimento dos glaciares e do permafrost (camada de solo congelado composta por terra, rochas e sedimentos), além de erosão costeira.
  • Amazônia: Risco iminente de incêndios florestais.

Com a presença do El Niño moderado, os cientistas chineses projetam um aumento na temperatura entre 1,03 ºC e 1,10 ºC em relação ao período de referência de 1951 a 1980. No entanto, essa estimativa pode variar, situando-se entre 1,06 ºC e 1,20 ºC, dependendo da intensidade do fenômeno.

Entenda o que é o El Niño:

O El Niño é identificado pelo aquecimento anormal e duradouro da superfície do Oceano Pacífico.

Quando os ventos alísios, cruciais para desencadear o El Niño, se encontram originados dos Hemisférios Sul e Norte, mas apresentam enfraquecimento, a porção quente das águas permanece estagnada por mais tempo, resultando em um possível aumento de até 3 ºC na temperatura.

Quando chega ao fim esse fenômeno?

De acordo com o relatório divulgado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), o principal órgão de monitoramento de El Niño e La Niña, a transição para o período de neutralidade está próxima.

Nessa fase, nenhum dos dois fenômenos está em atividade. A projeção aponta uma probabilidade de 79% para esse processo ocorrer entre os meses de abril e junho de 2024.

Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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