Estoque de financiamento por meio de Fiagros cresce 5% até agosto, aponta Anbima

Entre os produtos de emissão bancária destinados ao agronegócio, a LCA é que apresenta maior representatividade.

Relatório produzido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostra o crescimento do interesse de investidores pelo setor do agronegócio. O estoque de recursos destinados por meio dos Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) atingiu R$ 40 bilhões no final de agosto deste ano, um crescimento de 5,3% ao ser comparado com os R$ 38 bilhões de dezembro de 2023.

O levantamento da associação mostra ainda que o ritmo de crescimento do estoque dos Fiagros no acumulado de 2024, até agosto, não fica muito atrás do registrado pelas Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), com 6,1% de aumento. Dentre os produtos de emissão bancária destinados ao agronegócio, a LCA é que apresenta a maior representatividade, com estoque total de R$ 487 bilhões, seguido pelas Cédulas de Produto Rural (CPRs), com montante de R$ 398 bilhões.

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“Apesar de ainda terem menor representatividade frente às formas de financiamento tradicionais, os Fiagros vêm ganhando espaço rapidamente desde 2021, quando foram criados”, afirma, em nota, Sérgio Cutolo, diretor da Anbima. O executivo destaca ainda a evolução da regulação e os incentivos fiscais como impulso para expansão dos estoques. “Entre 2022 e os dados mais recentes, o patrimônio desses fundos cresceu quatro vezes”, lembra Cutolo.

Ainda dentro de todos os produtos de financiamento do agronegócio, além dos já citados acima e também dos Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs), as CPRs tiveram o maior crescimento porcentual no mesmo período de comparação, chegando a 33,5%, seguidos pelos CDCAs, com 25,8% e pelos CRAs, com avanço de 14,9%.

O documento mostra ainda que os Fiagros tiveram crescimento também na quantidade de fundos, com uma alta de 58%, chegando a 116 fundos. O patrimônio líquido alcançou R$ 41,7 bilhões, aumento de 141% de janeiro a agosto de 2024.

Por fim, outro ponto destacado pelo relatório é em relação aos desafios enfrentados pelo setor, com a elevada taxa de juros sendo o principal deles, seguido pelos impactos causados pelos eventos climáticos extremos.

“A Selic alta aumenta os custos financeiros da produção, com efeitos negativos diretos sobre o fluxo de caixa dos produtores. Isso intensifica os riscos de inadimplência, principalmente em casos de quebra de safra”, diz Cutolo.

Fonte: Agro Estadão

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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