O coordenador do Cemaden pondera que este fenômeno deve ser diferente de todos os outros. Não será dominante e terá curta duração.
O fenômeno climático La Niña não deve durar muito e deve ser de intensidade fraca a moderada – no máximo. A análise é do coordenador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Marcelo Seluchi.
Segundo o meteorologista, o momento atual é de neutralidade climática, porém, a maior probabilidade de ocorrência do La Niña é para os meses de outubro, novembro e dezembro. Nesse período, as projeções indicam 75% de chance do fenômeno.
“Mas não será muito longo, porque entre março, abril e maio, volta a ser mais provável uma situação de normalidade [climática]. Este La Niña será restrito ao próximo verão”, afirma Seluchi.
Diferente de todos os outros
O coordenador do Cemaden pondera que este fenômeno deve ser diferente de todos os outros e afirma que só é possível fazer previsões com mais confiabilidade para os próximos três meses.
“Neste momento, a temperatura dos oceanos está acima do normal”, diz Seluchi. O La Niña se caracteriza justamente pelo contrário: as temperaturas do Oceano Pacífico ficam mais baixas.
Esse ponto deve influenciar na intensidade do fenômeno. A tendência é de que o La Ninã seja de fraco a moderado, pois a temperatura do Oceano Pacífico, não deve ser mais baixa do que -1ºC. “Outros fenômenos devem mascarar o La Niña – ele não será dominante”.
Atraso na estação das chuvas
A estação das chuvas no Centro-Oeste e Sudeste do país deve atrasar, como vem acontecendo ao longo das décadas, de acordo com o coordenador do Cemaden. “Nos últimos 40 anos, perdemos 25 dias da estação chuvosa – praticamente uma semana por década”, explica.
As análises mostram que em quatro das cinco regiões do país, a quantidade de chuva vem caindo ao longo das décadas. A única exceção é a região Sul que, embora não tenha redução da precipitação anual, tem registrado mais anos com seca.
Paraná no próximo trimestre
Segundo o meteorologista, o estado do Paraná está numa transição entre o sul mais chuvoso e o centro mais seco. Nos próximos três meses, o cenário mais provável é de chuva entre normal e abaixo do normal para o estado.
“A situação de seca que já aparece no centro-norte do Paraná não tem chance de se reverter”, pontua Seluchi.
Fonte: Agro Estadão
VEJA TAMBÉM:
- Colheita de trigo no PR atinge 3%; 98% da safrinha de milho está colhida
- Brasil e Malásia realizam reunião para ampliar as relações técnicas e comerciais
- PRF flagra carreta transportando mais de 14 toneladas de café sem amarração em Ibiporã (PR)
ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.