Estão fazendo de tudo para arroba cair, vamos resistir!

A pressão baixista está forte no mercado do boi, as indústrias estão fazendo de tudo para arroba cair. Amigos pecuaristas, vamos resistir e mostrar a força da pecuária!

Não é novidade que o pecuarista é sempre forçado a “ceder” as altas do mercado para equilibrar a balança. A maior parte da mídia “culpa” o pecuarista pela alta no preço da carne e, quase nunca, mostram os dados reais dos frigoríficos que, só em 2019, apresentaram a maior margem de lucro dos últimos anos. Sim! Estão fazendo de tudo para arroba cair, vamos resistir!

Um vídeo chamou muito a atenção durante essa semana nas redes sociais e grupos. O autor do vídeo, Joel Pinheiro, chama atenção para o cenário que estão armando para o pecuarista e avisa, ” se o pecuarista não se unir o preço da @ vai cair, mais uma vez”. Confira o vídeo no final da matéria!

Como está a cotação do boi gordo?

Preço cai novamente e arroba chega a R$ 192 em Mato Grosso

O mercado físico do boi gordo teve preços mais baixos nas principais praças de produção e comercialização do país. “Os frigoríficos se deparam com uma frente confortável em suas escalas de abate, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Norte, e encontram mais espaço para pressionar o mercado, com a queda nos preços no atacado contribuindo para esta estratégia”, comenta o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. 

Segundo ele, há quedas ocorrendo também na Região Sudeste, também por uma situação mais cômoda nas escalas de abate. 

Em São Paulo, preços a R$ 205 a arroba, ante R$ 208 a arroba ontem. Em Minas Gerais, preços de R$ 201 a arroba, contra R$ 206 a arroba. No Mato Grosso do Sul, preços em R$ 196,00 a arroba, ante R$ 201 a arroba. Em Goiás, o preço caiu de R$ 201 a arroba para R$ 192 a arroba em Goiânia. Já no Mato Grosso o preço ficou em R$ 192 a arroba, contra R$ 197 a arroba.

Segundo a Scot Consultoria, em São Paulo, o preço da arroba do boi gordo acumula queda de 6,7% desde o início do mês, segundo levantamento da Scot Consultoria. 

A venda de carne no mercado interno continua sendo o principal entrave, com isso o mercado segue buscando um equilíbrio. 

Nesta terça-feira (10), os vencimentos futuros para o boi gordo finalizaram a sessão em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). O contrato Dezembro/19 registrou um leve recuo de 0,47% e está cotado a R$ 201,00/@. O Janeiro/20 terminou o dia com uma perda de 0,25% e está precificado a R$ 199,00/@. O vencimento Fevereiro/20 foi negociado a R$ 197,55/@ e teve uma valorização de 0,03%.

Confira o vídeo e veja, estão fazendo de tudo para arroba cair:

YouTube video

Atacado 

No atacado, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais baixos. “Esse ainda é um movimento de correção após uma alta muito intensa da carne bovina, tanto no atacado quanto no varejo. Uma atuação mais discreta da China nas importações de carne bovina levou a uma menor necessidade de compra de matéria-prima. Outro elemento que contribuiu para esse movimento foi a dificuldade do consumidor final em absorver tantos reajustes de um determinado produto, simplesmente migrando para outras proteínas de origem animal” disse Iglesias. 

O corte traseiro teve preço de R$ 17 por quilo, contra R$ 18,25 por quilo ontem. A ponta de agulha permaneceu em R$ 11,90 por quilo, enquanto o corte dianteiro seguiu em R$ 12,00 por quilo.

Conclusão

De todo modo, da mesma forma que o mercado não subiu para sempre, ele também não cairá para sempre, independente do patamar de preços que o mercado se estabilize, a expectativa é que 2020 seja um ano muito positivo para o setor. A volatilidade vai continuar e novas oportunidades poderão surgir. Para os poucos que conseguiram travar o preço de venda na alta recente, abre-se uma linda janela de oportunidade de se comprar calls e ficar com a mais confortável das posições: ganhar com a trava caso o mercado caia ou ganhar com as calls caso o mercado suba. Pode parecer utópico isso, mas quem teve a competência (ou sorte) de fazer a lição de casa bem-feita está hoje exatamente nessa situação.

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