Tá faltando boi para abate em estado do Sul brasileiro

Segundo informações da indústria o Paraná enfrente falta de boi gordo; pecuaristas paranaenses tem enviado seus animais pra outros estados.

Os frigoríficos do Paraná estão enfrentando um problema de falta de boi gordo para abate, segundo informações do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne-PR). De acordo com o portal especializado da CarneTec Brasil, a saída de bois paranaenses para abate em outros estados e a proibição do ingresso de animais para a reposição do plantel do Paraná estão reduzindo a oferta de bois no estado.

“Há uma saída muito elevada de animais para abate do Paraná para outros estados, devido a adquirentes de outros estados que colocam na documentação fiscal que se trata de bezerros para engorda e não de animais terminados. Com isso pagam preços menores e quase não recolhem impostos”, disse o presidente do Sindicarne-PR, Péricles Salazar, em nota.

Além disso, a entidade estima que cerca de 50 mil animais estão saindo irregularmente do estado por ano. “Atualmente há o risco de muitas empresas diminuírem suas atividades ou mesmo deixarem de operar caso essa situação continue”, disse Salazar.

“No último dia 27 de dezembro, a Secretaria de Defesa Agropecuária emitiu a Instrução Normativa nº 37 proibindo o ingresso de animais de outros estados vacinados contra a febre aftosa no Paraná. A medida é um dos passos para que o Paraná possa receber o status internacional de livre de febre aftosa sem vacinação. O estado já foi dispensado de vacinar o seu rebanho próprio no ano passado”, indica o portal.

Ainda está permitida a entrada de bovinos e bubalinos vacinados oriundos de zonas livres de febre aftosa com vacinação, desde que transportados em veículos lacrados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO).

touros da raca braford
RPK Genética / Foto: Evoluê AG

Quarta semana de queda no preço da carne bovina no mercado atacadista

São quatro semanas consecutivas de queda no mercado atacadista de carne bovina sem osso. Segundo levantamento da Scot Consultoria, nos últimos sete dias, na média dos 22 cortes analisados, as cotações recuaram 0,7%. No acumulado do ano, a queda registrada é de 6,1%.

As exportações patinando e o consumo doméstico ruim são os fatores que têm ditado o rumo baixista do mercado da carne. Na ótica do mercado interno, a divergência entre as variações nos preços dos cortes de traseiro e de dianteiro ilustra a mudança na forma de consumo da população.

Com menor poder de compra, os brasileiros têm mostrado preferência pelos cortes de dianteiro (mais baratos) e a maior procura por esse tipo de produto limitou as quedas nos preços.

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