Esperando por China veja como fica arroba do ‘boi comum’

Enquanto o mercado aguarda a liberação chinesa, a produção recua e o atacado pode ver valorização nos preços; veja como estão as cotações

Nessa terça-feira, todas as praças mantiveram suas cotações estáveis no mercado físico do boi gordo. Em São Paulo o boi comum continua valendo R$ 275,00/@, com escalas na média de sete dias. Na B3, o contrato vigente fechou o dia em R$ 291,45/@, uma queda de 0,19%.

A espera de uma resolução da questão chinesa afetou o atacado da carne bovina, que vê sua demanda respondendo positivamente nesse início de mês, porém se depara com escalas encurtadas mostrando dificuldade de compra de animais por parte dos frigoríficos, o que faz com que sejam esperadas valorizações nos preços dos produtos com ossos para até o final da semana.

O Ministério da Agricultura teve uma reunião com as autoridades sanitárias chinesas na noite desta terça-feira (07) para esclarecimento das informações do caso atípico de Mal da vaca louca no estado do Pará. Segundo informações de Lygia Pimentel, CEO da Agrifatto, não houve novidades na reunião, os chineses fizeram muitas perguntas entretanto a liberação ainda não veio.

De acordo com as informações do Valor Econômico, os representantes da Administração-Geral de Alfândegas chinesa (GACC, na sigla em inglês) informaram que para a retomada dos embarques de carne bovina brasileira seria necessário uma visita presencial dos representantes do Ministério da Agricultura no país asiático.

O comitê científico da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) informou que o Brasil segue com o status de risco insignificante para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). Além disso, a organização reportou que encerrou as investigações do caso atípico que foi notificado no estado do Pará em fevereiro.

cruzamento industrial --cacnhim
Foto: Divulgação

Boi China não existe mais

“Agora tudo é boi comum”, diz o sócio da Radar Investimentos, Gustavo Figueiredo, em relação ao atual status do Brasil, que não está exportando para a China devido a um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípico. Resta ao mercado esperar, segundo ele, uma decisão entre os dois países para a retomada das exportações.

De acordo com Figueiredo, não há como ‘bater o martelo’ de quando essa retomada deva acontecer, mas ele detalha que, tendo em vista os preços da proteína em alta na China devido à retomada da vida normal após o feriadão do Ano Novo Lunar e a suspensão das medidas de Covid Zero no gigante asiático, “isso não deve levar mais do que 30 dias, provavelmente“. Ele cita, inclusive, a visita à China pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve ocorrer no final do mês, como uma das razões para que isso aconteça, ressaltando que essa retirada do embargo agora seja menos relacionada a uma questão técnica.

Um dos pontos menos negativos, por assim dizer, é a questão de que o momento permite ao pecuarista segurar os animais, já que com as chuvas abundantes, a maioria dos rebanhos está no pasto, com menor custo de produção.

Com informações da Agrifatto, Notícias Agrícolas

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias

Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM