Especialistas estudam uma próxima fase que inclui a substituição da vacinação por ações de vigilância e prevenção adequadas; confira os detalhes
Brasília (08/07/2020) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu uma transmissão ao vivo pelas redes sociais sobre o tema “Febre aftosa: informação é a melhor defesa”, na terça (07).
O debate contou com a participação do presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Antonio de Salvo; do secretário adjunto de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcio Rezende; do diretor do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários do Mapa, Geraldo de Moraes; do vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), Emilio Salani; e do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli.
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O objetivo foi analisar o andamento do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) e nivelar informações sobre o que está sendo feito para o Brasil alcançar o status de livre da doença sem vacinação.
“Precisamos informar para dar segurança aos produtores. Queremos que eles tenham tranquilidade para encarar esses bons ventos que sopram para a pecuária de corte brasileira, mas que saibam os riscos e o que precisa ser feito para manter o que já foi conquistado”, disse Antonio de Salvo.
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Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários do Mapa, Geraldo de Moraes, a pandemia provocada pelo coronavírus atrasou algumas etapas previstas dentro do calendário do Plano Estratégico para o fortalecimento do sistema de vigilância e disponibilidade de vacinas para o próximo ciclo.
“A nossa previsão é ampliarmos a discussão no segundo semestre e definirmos os próximos passos para a evolução, com segurança, dessa fase final do nosso processo de erradicação da febre aftosa, que inclui a substituição da vacinação por ações de vigilância e prevenção adequadas”, afirmou.
Para o secretário adjunto de Defesa Agropecuária do Mapa, Marcio Rezende, o Brasil tem um programa bem estruturado e vem conseguindo acessar um número cada vez maior de mercados internacionais para os seus produtos. Ele defende a importância de avanços, mas alerta que não existe a necessidade de “atropelar” etapas.
Vacina – O representante do Sindan destacou que o Brasil conta com uma das vacinas mais seguras e eficientes para imunizar o rebanho. Na opinião de Emilio Salani, o Mapa deve seguir com um planejamento definido e trabalhar com uma previsibilidade de 12 meses para que não faltem vacinas.
“O produtor não tem motivo nenhum para tomar uma decisão intempestiva. Pode tomar a decisão com calma, apoiar o plano e continuar vacinando porque nós temos, hoje, a vacina mais adequada para um rebanho dessa magnitude”, declarou.
Na opinião do presidente da Abiec, Antonio Camardelli, é preciso cautela para avaliar as vantagens e desvantagens da retirada da vacinação dentro das condições do Brasil. Ele ressalta que o País vem aumentando as exportações de carne para a China e abrindo mercados como o da Indonésia, do Canadá e do México.
“Tudo isso é fruto de uma pecuária extremamente cuidadosa, com respeito a todos os procedimentos legais internacionais. Estamos diante de um cenário deslumbrante para o futuro, mas temos que ter muito cuidado para tomar a decisão correta”, alertou.